SAÚDE

Covid-19: saiba os impactos da doença no desempenho físico de recém-recuperados

Luiz Henrique Cruvinel
Publicado em 08/11/2020 às 07:44Atualizado em 19/12/2022 às 06:05
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As alterações causadas pela Covid-19 no corpo humano podem ser prejudiciais a curto, médio e longo prazo, especialmente em pacientes recém-recuperados que praticam atividades físicas. O médico infectologista e professor universitário Rodrigo Juliano Molina explica que a infecção por Covid-19 resulta em fenômenos inflamatórios que podem ser atenuados conforme o quadro clínico do paciente.

“O vírus Sars-Cov-2 promove um fenômeno inflamatório que leva a alterações nos órgãos, sejam pulmonares, que levam às alterações de trocas gasosas (se perdurarem, haverá lesão grave no pulmão, com aparecimento de fibroses, e o paciente terá comprometido sua função pulmonar), sejam no coração, onde na fase inflamatória pode ocorrer a miocardite, inflamação do tecido do coração, que desencadeia a arritmia, a inflamação das artérias coronárias e a formação de trombos. A própria Covid-19 leva à coagulação, por isso a formação de trombos e isquemias. As isquemias, diminuição da irrigação sanguínea, levam a um quadro de insuficiência cardíaca no futuro”, explica Rodrigo Juliano.

Segundo Molina, há pacientes com sintomas tardios, como fadiga e perda do olfato e paladar, que melhoram aos poucos. Fatores de risco, como comorbidades e idade avançada, podem intensificar a inflamação.

Desta forma, praticar exercícios físicos com inflamações pode causar diversos problemas e comprometer a recuperação física dos pacientes sintomáticos e assintomáticos. A diferença é que em pacientes assintomáticos, os fenômenos inflamatórios são discretos ou ausentes, e não ocorre lesão nos tecidos.

A recuperação física completa depende do quadro apresentado pelo paciente, assim como a duração estimada do processo, diz o educador físico Tallysson Soares Ferreira. “Para praticantes que já realizam alguma atividade física, após recuperar-se do quadro de Covid-19 é orientado o retorno gradativo à prática de exercícios, com intensidades e tempo de duração menores. Por ser um vírus muito novo, ainda não tem um protocolo e nem estudo científico sobre como devemos realizar as atividades com esse público. A duração de recuperação é de mais ou menos seis meses e vai depender do quadro clínico que o atleta passou, se foi agressivo ou mais simples.” A orientação dos profissionais de educação física é o acompanhamento diário individual e especializado.

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