Cresce 45% o atendimento por doenças respiratórias nos PSs

Thassiana Macedo

Vacinação, evitar aglomerações, tomar líquidos e lavar as mãos são orientações para evitar as doenças respiratórias

De acordo com levantamento mensal feito pelo Hospital da Criança, nos primeiros quatro meses de 2013 foram atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em torno de 16.287 crianças, entre atendimentos ambulatoriais e consultas emergenciais pelo Pronto-socorro Infantil. Números demonstram que o fluxo de atendimento na instituição vêm aumentando significativamente mês a mês.

No mês de janeiro, foram 290 consultas ambulatoriais e 2.916 consultas pelo Pronto-socorro. Foi necessária a internação de 204 crianças neste período, bem como a realização de 374 exames de raio X, 25 eletroencefalogramas e 2.693 exames laboratoriais em pacientes atendidos no ambulatório e no Pronto-socorro. Em fevereiro, não só as internações como o número de exames e consultas foi superior. Foram internadas 267 crianças, enquanto 405 receberam atendimento ambulatorial e 3.254 foram conduzidas ao Pronto-socorro. Foram realizados 464 exames de

raio X, 6 eletroencefalogramas e 3.340 exames laboratoriais.

Ao longo do mês de março, houve 4.599 consultas. Em torno de 297 crianças foram internadas, 502 receberam atendimento no Ambulatório e outras 4.097 foram encaminhadas ao Pronto-socorro.

O total de 696 crianças passaram por exame de raio X;

34 fizeram eletroencefalograma e 3.466 realizaram exames laboratoriais. Em abril, foram internadas 275 crianças; houve 566 consultas ambulatoriais e 4.257 atendimentos no Pronto-socorro, totalizando 4.823 consultas nesse período. Foram realizados 775 raio X, 46 eletroencefalogramas e 2.428 exames laboratoriais.

Avaliação. Segundo a diretora clínica do Hospital da Criança, Ana Paula Bosi Ribeiro Ferreira, o aumento significativo no número de atendimentos deve-se pelo menos a dois fatores: época do ano e por não haver outros serviços 24 horas funcionando nos fins de semana. “Nesta época, surgem as doenças respiratórias. Com a mudança de temperatura e a baixa umidade do ar, começam a aparecer mais casos de doenças respiratórias, como sinusites, rinites, otites e tosses, assim como os problemas alérgicos. Por isso, aumenta a demanda no Hospital da Criança. Anteriormente, o aumento era decorrente da dengue, mas agora, como a doença já está em declínio, o principal fator atualmente são os quadros virais, ou seja, as infecções das vias aéreas ou doenças respiratórias. Em muitos casos é preciso fazer inalação ou proceder com algum outro tratamento”, revela.

Em virtude desse quadro, a especialista orienta para a necessidade de alguns cuidados simples para evitar ou minimizar os efeitos do clima e da falta de umidade do ar sobre a saúde infantil. “Nesta época do ano, é fundamental que as crianças menores de dois anos estejam vacinadas, pois é a única forma de prevenção correta, mas também é possível prevenir evitando aglomerações de pessoas, procurando tomar bastante líquido, umedecendo o ambiente e lavando as mãos regulamente”, ressalta a diretora clínica Ana Paula Bosi Ribeiro Ferreira. Outras medidas importantes são evitar o acúmulo de poeira em casa, arejar o ambiente frequentado por adultos e crianças, bem como evitar cigarro perto dos pequenos.