Estima-se que, no Brasil, cerca de 20% da população infantil e quase 35% dos adultos apresentem quadros de alergia, mas especialistas afirmam que esse percentual que já é importante vem aumentando a cada ano. Na Europa, por exemplo, as alergias são as doenças crônicas mais frequentes nas crianças, sendo que 5% a 20% da população – em geral crianças e adolescentes – sofrem de asma. Para a maioria das pessoas, a alergia é um problema sem solução, mas não precisa ser assim. Embora seja centenária, a imunoterapia, área pouco conhecida da medicina, tem as respostas para muitas dúvidas e até mesmo a cura para as alergias mais comuns.
De acordo com a especialista em imunoterapia, Mariana Castro Loureiro, o principal fator para o desenvolvimento de alergias é o histórico familiar, ou seja, a predisposição genética. Crianças com pais alérgicos têm chance de 20% a 40% de desenvolver o mesmo problema. “No outono, por exemplo, o clima é mais propício para o desenvolvimento de fungos e quem é alérgico a fungos pode ter uma piora do quadro alérgico. Já no inverno, quando as pessoas ficam mais tempo dentro de casa, têm mais contato com a poeira doméstica e os ácaros passam a ficar muito envolvidos nos casos de alergia. Então, precisam redobrar o trabalho de limpeza da casa, retirada de cortinas, tapetes e pelúcias que acumulam pó”, revela.
Por desconhecimento, a maioria das pessoas confunde gripes e resfriados com alergias, por isso a especialista explica que alergias nada mais são do que reações exageradas do organismo humano a estímulos comuns do ambiente, como aos ácaros da poeira, polens e fungos no ar, até alimentos e medicamentos. Mariana Castro lembra que existem diversas formas de manifestações alérgicas, como asma, rinite, dermatite e quadros de urticária, sendo que as alergias respiratórias são as mais frequentes.