SAÚDE

Cresce o acesso à medicina nuclear entre os brasileiros

Em Uberaba, o serviço está disponível desde 2007, tendo realizado mais de 500 procedimentos em pacientes de todo o Triângulo Mineiro

Thassiana Macedo
Publicado em 21/12/2011 às 10:38Atualizado em 19/12/2022 às 20:53
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Os brasileiros estão tendo cada vez mais acesso aos recursos modernos da medicina nuclear, utilizados no tratamento de câncer, mas também no diagnóstico de doenças cardiovasculares, ortopédicas, arteriais, renais, hepáticas, neurológicas, endócrinas e na localização específica de um tumor no organismo. Segundo o especialista em medicina nuclear George Calapodopulos, com isso é possível torná-lo um alvo para o tratamento local do câncer e com menos efeitos adversos.

Pesquisa demonstra que, nos últimos dois anos, houve crescimento em torno de 23% no número de exames com avançadas técnicas de diagnóstico por imagem para detecção de gânglios atingidos pelas células cancerosas (linfonodo sentinela) e de tumores mais ocultos (Roll), por exemplo. O número desses exames passou de 857 por ano, em 2009, para 1.057, até novembro deste ano. O volume de atendimento de janeiro a novembro de 2011 é 3,5% superior, em comparação ao mesmo período de 2010.

Os últimos levantamentos da Agência Nacional de Saúde (ANS) revelam que, de 2009 e 2010, o número de brasileiros com acesso aos planos de saúde passaram de 41,88 milhões para 45,58 milhões, o que corresponde ao aumento de 8%. Hoje, em torno de 24% da população conta com serviço de convênio médico privado. Em Uberaba, George Calapodopulos destaca que este serviço, pioneiro na região, está disponível desde 2007, tendo realizado mais de 500 procedimentos em pacientes de todo o Triângulo Mineiro, seja pelo SUS ou por meio de todos os planos de saúde.

Segundo Calapodopulos, todo o material radioativo, como o tecnécio (Tc), por exemplo, que é mais utilizado em exames, tem meia vida, uma espécie de validade de sua atividade no corpo, de 6 horas. “Isso significa que a radiação emitida pelo núcleo do átomo do tecnécio, que será captada pela câmara de cintilação e transformada em uma imagem para encontrar onde está um tumor ou onde há uma obstrução da artéria, perderá metade de sua atividade de 6 em 6 horas. Além disso, esse material é eliminado pelo organismo naturalmente, após um tempo. Portanto, em 24 horas o paciente está totalmente livre da pequena quantidade de material radioativo injetado. Um período curto para trazer qualquer risco à saúde”, esclarece.

O médico esclarece que exames com materiais nucleares são muito mais seguros e indolores do que as pessoas imaginam. De acordo com o especialista, o exame não tem efeitos colaterais, como queda de cabelo e enjoos. “Sem essa tecnologia, não seria possível fazer o diagnóstico precoce e a intervenção na doença só ocorreria em uma fase avançada, o que diminuiria as chances de cura”, completa Calapodopulos.

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