SAÚDE

Crianças com obesidade devem receber tratamento psicológico

Para o pediatra, hematologista e oncologista pediátrico Paulo Taufi Maluf Junior, a criança é considerada obesa quando ...

Publicado em 06/06/2013 às 09:10Atualizado em 19/12/2022 às 12:37
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Obesidade mórbida prejudica capacidade respiratória

A obesidade infantil pode ser considerada uma epidemia no Brasil. A avaliação, feita no dia da Conscientização contra a Obesidade Mórbida, é do psiquiatra assistente do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), Marco Antônio Abub Torquato Júnior. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que uma em cada três crianças entre 5 e 9 anos tem obesidade.

Para o pediatra, hematologista e oncologista pediátrico Paulo Taufi Maluf Junior, a criança é considerada obesa quando tem massa corporal acima de 30. Ele informou que não adianta visar somente à criança, mas fazer uma reeducação do ponto de vista alimentar na família inteira. “Tem que modificar os hábitos de vida de toda a família. A primeira atitude diante de uma criança com obesidade mórbida é promover uma reestruturação da vida familiar. Em alguns casos usam-se medicamentos para controlar o apetite, mas a base do tratamento é a reeducação alimentar”, explica.

O médico destaca que a obesidade acentuada ou mórbida prejudica a capacidade respiratória da criança, que pode desenvolver doenças metabólicas, como o aumento do colesterol e surgimento do diabetes tipo 2. Não há estudos suficientes que indiquem segurança e eficácia na utilização de cirurgias bariátricas nesses casos.

Segundo Marco Antônio Abub, a doença é complexa e tem vários fatores que podem influenciar no seu desenvolvimento. “A medicina ainda está entendendo como esses fatores se somam para causar a obesidade. Sabemos, porém, que a obesidade pode ser influenciada, sim, por muitos fatores psicossociais”, afirma.

O psiquiatra informa que alguns comportamentos podem apontar uma dificuldade da criança em enfrentar a obesidade. “Em geral, as crianças mais jovens expressam menos o sofrimento psíquico. Elas não falam que estão tristes. Expressam por meio da perda de interesse por coisas que gostavam e passam a apresentar medos”, frisa.

De acordo com o médico, ansiedade e a recusa em ir à escola são sinais que os pais devem considerar. Além disso, alterações de sono, dores pelo corpo, de cabeça e de barriga, que não se descobre a razão, são indicativos de sofrimento psíquico na criança.

 

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