SAÚDE

Cuidados com a saúde bucal devem começar na gravidez

Segundo estimativas da Secretaria de Estado da Saúde, oito entre dez gestantes apresentam algum tipo de alteração bucal, como placa bacteriana, cárie e gengivite

Thassiana Macedo
Publicado em 22/01/2014 às 10:57Atualizado em 19/12/2022 às 09:20
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Falta de higiene gera infecções que afetam o organismo ao serem “engolidas” e ao caírem na corrente sanguínea

Antes mesmo dos primeiros dentes do bebê surgirem, cuidados com higiene e alimentação se tornam presentes na rotina diária de mães e filhos ainda na gestação. Segundo estimativas da Secretaria de Estado da Saúde, oito entre dez gestantes apresentam algum tipo de alteração bucal, como placa bacteriana, cárie e gengivite. Ao contrário do que se pensa, a boca está ligada ao resto do corpo por nervos e veias, o que faz com que se tornem focos de doenças. Gengivas inflamadas, cáries e problemas de mordida podem gerar doenças no corpo, através de coração, rins, pele, alergias, dores de cabeça e maxilares, aparelho digestivo, entre outros.

Segundo o cirurgião-dentista Joaquim Carlos de Oliveira Filho, muitas doenças do corpo manifestam-se primeiro na boca, o que faz das doenças bucais importantes sinais de diagnóstico para a saúde. Além de evitar complicações, o acompanhamento odontológico nesta fase ajuda as mulheres, futuras mamães, a esclarecer dúvidas a respeito da própria saúde e da saúde bucal do futuro bebê. “Doenças sistêmicas, como diabetes e Aids, podem se manifestar através de lesões bucais ou outros problemas orais, sendo sinais de deficiências nutricionais ou infecções”, frisa.

Da mesma forma, infecções bucais acabam caindo no organismo, tanto pela via digestiva, sendo “engolidas”, quanto pela corrente sanguínea. “Esta é a mais séria e perigosa. Assim as infecções bucais são disseminadas pelo organismo, afetando outros órgãos, minando a resistência e a saúde do corpo. Entre os problemas que podem surgir a partir de uma infecção dentária estão reumatismo articular agudo, nefrite, artrite, gastrite e endocardite bacteriana”, alerta o cirurgião dentista.

Cerca de 40% dos casos de endocardite, doença que acomete o coração podendo ser letal, provocada pela bactéria Streptococcus viridans, são originados tanto por infecções de dente ou de gengiva em mau estado quanto por manipulações de áreas infectadas para tratamento odontológico. “Essa bactéria faz parte da flora natural da boca, mas, se penetra na circulação, pode provocar uma bacteremia e causar endocardite. Isso ocorre principalmente em indivíduos portadores de lesões de válvula cardíaca e cardiopatias congênitas. Dependendo da alteração cardíaca, o cirurgião dentista deve entrar em contato com o cardiologista”, afirma.

Boca saudável é fundamental para diabéticos, pois uma infecção pode romper o equilíbrio do nível de açúcar do sangue, provocando, por exemplo, uma hipoglicemia que trará sérias consequências ao portador.

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