O pediatra Adiron Ribeiro Neto destaca que a dermatite seborreica é uma doença de etiologia, ou seja, de origem ainda não bem definida
O pediatra Adiron Ribeiro Neto destaca que a dermatite seborreica é uma doença de etiologia, ou seja, de origem ainda não bem definida, com manifestações clínicas distintas nas crianças em amamentação, com maior incidência até os 4 meses de vida. “Teorias apontam que um aumento nas atividades das glândulas sebáceas resultante da ação de hormônios maternos, fatores nutricionais e/ou a presença do fungo malassesza furfur na pele desses pacientes podem estar relacionados ao seu surgimento”, esclarece.
A dermatite seborreica apresenta lesões eritemato-descamativas que, segundo o especialista, dão origem a escamas esbranquiçadas ou amareladas, com vermelhidão variável e em geral sem coceira. “Geralmente, localizam-se principalmente no couro cabeludo, conhecida como crostas lácteas; sobrancelhas, região retroauricular, ou seja, atrás das orelhas, região central da face e, em alguns casos, em axilas, pescoço e região de fraldas. É uma doença geralmente autolimitada, durando de semanas a meses, e não apresenta recidiva em até 85% dos casos”, alerta.
Adiron Neto afirma que o tratamento consiste em higienização adequada das regiões afetadas, além de mantê-las sempre bem arejadas, pois a umidade e o calor levam à piora das lesões. “Também é recomendada a utilização de óleos infantis ou vaselina para o amolecimento das escamas para posteriormente tentar removê-las, delicadamente, com uma escova macia. Esses procedimentos são, na maioria dos casos, suficientes para a resolução da dermatite seborreica. Em alguns casos, porém, é necessário o uso de xampu de cetoconazol e/ou cremes de hidrocortisona”, orienta o pediatra.