Estimativa do Instituto Nacional do Câncer aponta que, em 2012, mais de 130 mil pessoas desenvolveram câncer de pele no Brasil
Estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) aponta que, em 2012, mais de 130 mil pessoas desenvolveram câncer de pele no Brasil. A dermatologista Luciana Fernandes
Abbade destaca que a doença, como qualquer outro tipo de câncer, é caracterizada pela proliferação ou pelo crescimento de células originárias da pele de forma desorganizada. “Existem três tipos principais de câncer de pele: o carcinoma basocelular, que causa maior dano local; o carcinoma espinocelular e o melanoma. Desses três tipos o mais preocupante é o melanoma, por ter a capacidade de atingir outros órgãos e de disseminação, que é a chamada metástase. Em particular, o câncer de pele tem como principal causa a radiação solar. De forma inadvertida, a radiação solar pode levar no futuro ao câncer de pele”, afirma.
A dermatologista esclarece que, quando diagnosticada precocemente, há diversas formas de tratamento e altas chances de cura da doença. “Existem várias modalidades terapêuticas, sendo que a principal e mais realizada é a do procedimento cirúrgico, mas depende do tipo de lesão. Se for inicial e superficial, há possibilidade de tratamento não cirúrgico, podendo ser feito à base de alguns medicamentos específicos ou através da luz, que é a terapia fotodinâmica. Porém, existem outras formas de tratamento destinadas a casos selecionados, de acordo com a decisão do médico e para cada paciente”, explica.
Além disso, a especialista Luciana Fernandes informa que este é um tipo de câncer que pode ser prevenido se a população seguir algumas orientações e cuidados no dia a dia.
“É importante que se use o protetor solar em qualquer época do ano, e não apenas no verão. Em geral, o mais indicado é o fator 30 para a maior parte da população, que deve ser reaplicado ao longo do dia, se a pessoa suar ou entrar na água, por exemplo. Outras formas de proteção passam pelo uso do chapéu ou boné, principalmente por homens calvos, que sofrem muita exposição à radiação solar no couro cabeludo e na orelha. No caso do chapéu, é importante que seja de aba larga. É importante também o uso de óculos de sol com proteção UV, pois a radiação causa catarata. A utilização de roupas leves que bloqueiam a entrada da luz solar completa a proteção”, orienta. (TM)