Hoje, dia 10 de novembro, é comemorado o Dia Nacional de Combate à Surdez, momento ideal para alertar a população que o problema tem prevenção, cuja preocupação deve ser periódica. Segundo a Organização Mundial de Saúde, mais de 15 milhões de brasileiros apresentam problemas auditivos. Quem apresenta alterações auditivas tem dificuldade para se comunicar, uma vez que a audição é tão importante que, dentre os órgãos do sentido, é o único que permanece em alerta
24 horas por dia.
De acordo com o fonoaudiólogo André Luís da Silva, o número de pessoas afetadas pela deficiência auditiva está proporcionalmente relacionado ao grau de desenvolvimento do país. “Enormes contrastes são verificados, seja pelas condições socioeconômicas, diferenças culturais, por fatores ambientais, pela falta de informação e ações preventivas. Quando genética, a surdez pode ser detectada nos primeiros dias de vida e tratada com sucesso. O teste da orelhinha é um exame rápido e indolor, realizado após o nascimento, podendo detectar alterações auditivas precoces que vão influenciar no desenvolvimento da linguagem”, explica.
Segundo o fonoaudiólogo, a surdez em adultos na faixa da terceira idade pode se originar de uma exposição prolongada a ruídos, traumatismos cranianos, ou como efeito secundário de alguns medicamentos e, ainda, devido a algumas doenças que, ao se manifestarem, acabam prejudicando o sistema auditivo. “As pessoas precisam estar atentas a sintomas com dificuldade para ouvir televisão; frequência em pedir às pessoas para que repitam o que foi dito; dificuldade para falar ao telefone ou para ouvir a distância; necessidade de falar mais alto, e isolamento. Se esses sinais estiverem presentes, o primeiro passo é procurar um médico otorrinolaringologista. Ele fará o exame clínico e solicitará a avaliação audiológica”, completa.
O tratamento poderá ser medicamentoso, cirúrgico ou por indicação de prótese ou aparelho auditivo, sendo que a seleção, adaptação e acompanhamento do usuário são realizados pelo fonoaudiólogo. “Observamos, então, a importância de um atendimento multiprofissional para melhorarmos a qualidade de vida das pessoas que sofrem com a surdez”, conclui.