De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o Dia Mundial da Lavagem de Mãos, celebrado em 15 de outubro, foi criado para gerar a cultura de que lavar as mãos com sabão é uma necessidade básica do ser humano e que todos os governantes devem adotar medidas de saúde pública que destaquem a importância da higiene pessoal e possam conscientizar a população sobre seus benefícios.
Segundo o dermatologista Paulo Eduardo Velho, as mãos são o principal veículo de transmissão de vírus e bactérias. “Por isso a importância de lavá-las várias vezes por dia. Doenças como diarreia, infecção respiratória, infecção estomacal, infecção no ouvido, gripes, resfriados, doenças de pele e/ou erupções na pele, espinhas e dor de garanta podem ser evitadas fazendo a higienização correta das mãos”, atesta.
O médico explica que o jeito certo de se prevenir contra várias doenças é lavar as mãos antes e depois de entrar em contato com pessoas doentes, ao consumir ou manipular alimentos, após ir ao banheiro, depois de mexer em objetos sujos, depois de espirrar ou tossir, ao entrar em contato com animais e sempre que as mãos estiverem visivelmente sujas. “A higienização ideal é feita com água, sabonete líquido e papel toalha para secar a pele. Usar toalhas ‘comunitárias’ não é sugerido. O ideal é esfregar as mãos por 20 segundos, pois as bactérias são removidas e a espuma do sabão auxilia na remoção da gordura da pele, eliminando alguns micro-organismos. Na ausência desses produtos, o uso do álcool gel pode ser recomendado para eliminar as bactérias”, esclarece o especialista.
É na pele das mãos e das unhas que, normalmente, existem vários tipos de bactérias, fungos e vírus que podem ou não provocar algum dano à saúde, e a higienização incorreta pode causar acnes. “As infecções da pele são causadas por bactérias. Os sintomas são lesões arredondadas com bordas definidas e, às vezes, lembram queimaduras. Podem ser acompanhadas de sinais inflamatórios locais e febre”, afirma.
As unhas também não devem ser esquecidas da limpeza diária, pois elas podem esconder células mortas, poeira e micro-organismos, o que facilita a contaminação. O ideal é que estejam sempre bem aparadas para que não acumulem nenhuma sujeira, bactéria ou fungo. Para as mulheres que usam unhas compridas, o dermatologista recomenda lavar a parte de baixo com uma escovinha.