SAÚDE

Dia Mundial do Sono alerta para a necessidade do descanso reparador

Estudos demonstram que a falta de sono por apenas alguns dias perturba os níveis hormonais e metabólicos, resultando no aumento do apetite e na ingestão de calorias

Publicado em 14/03/2014 às 17:14Atualizado em 19/12/2022 às 08:37
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Sentindo-se menos alerta hoje? Buscando aquele copo extra de café para ficar acordado? Seus hábitos de saúde e sono podem estar contribuindo para um sono insuficiente e de má qualidade, o que pode levar a outros problemas de saúde. No dia 14 de março, esta sexta-feira, é celebrado o Dia Mundial do Sono, que serve de convite para a discussão sobre assuntos importantes relacionados ao sono. A campanha divulgada pela Academia Brasileira de Neurologia leva o tema “Sono Restaurador, Boa Respiração, Corpo Saudável”. A entidade ressalta os fatores de risco ​​para a síndrome da apneia obstrutiva do sono que podem ser prevenidos. Alerta, ainda, para os problemas decorrentes do hábito de trocar o dia pela noite.

Segundo o neurologista Ronaldo Guimarães Fonseca, a insônia é uma doença que afeta entre 30% e 45% da população adulta. Já a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono atinge um terço da população brasileira. “Um dos fatores de risco mais importantes para a síndrome da apneia obstrutiva do sono é estar acima do peso, mas também o tabagismo. Se não manejada apropriadamente, a síndrome pode ter um impacto significante na saúde e no bem-estar. A insônia primária, sem outras condições predisponentes, afeta até 10% da população geral, aumentando para 25% no caso dos idosos. E 46% dos indivíduos com transtornos do sono frequentes relatam perda de dias de trabalho ou de eventos, ou cometem mais erros no trabalho”, revela.

Naturalmente, o organismo de quem costuma trocar a noite pelo dia, seja por necessidade profissional ou por lazer, pode ter dificuldades de atingir o estágio do sono reparador, importante mecanismo para o funcionamento correto do corpo. O especialista destaca que um sono bom e restaurador deve ser contínuo e ininterrupto, profundo e com duração adequada. “Uma intromissão na organização que a luz faz na maneira do nosso corpo funcionar pode prejudicar o sono. Nossa temperatura corporal muda hora a hora, a qual é regulada pelo ciclo claro/escuro. Portanto, nosso organismo está ajustado a essas variações geofísicas de luz. Quando a pessoa interfere nisso, faz-se uma intromissão e o organismo precisa se adaptar a essa nova condição”, explica o médico.

Fonseca ressalta que a interferência de horário que uma pessoa faz, mesmo sendo de uma hora, que obriga o indivíduo a acordar ou dormir mais cedo, é responsável por mudar o funcionamento do metabolismo do corpo. “Isso faz com que o indivíduo acorde com aquela sensação de sono não reparador e esteja mais propenso a ter sonolência diurna excessiva, como também a sofrer acidentes, desde pessoais até catástrofes de grande porte”, alerta o neurologista.

 

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