SAÚDE

Dia Nacional do Combate ao Fumo alerta para os riscos do tabagismo

Dos 300 mil usuários do narguilé, 40% têm até 24 anos. Trata-se de dispositivo no qual o tabaco é aquecido e a fumaça passa por um filtro de água antes de ser aspirada pelo fumante

Thassiana Macedo
Publicado em 28/08/2014 às 08:21Atualizado em 17/12/2022 às 09:19
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De acordo com dados recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 6 milhões de pessoas são vítimas da substância, sendo que 600 mil delas são fumantes passivos. Em virtude dessa realidade, celebra-se no dia 29 o Dia Nacional do Combate ao Fumo, que visa a alertar a população sobe os riscos do tabagismo. Entre elas estão enfisema pulmonar, problemas cardiovasculares e inúmeros tipos de câncer.

A pneumologista Irma de Godoy esclarece que o fumo é produzido com mais de 4.700 componentes tóxicos, como o monóxido de carbono, mesmo gás venenoso que sai do escapamento de automóveis, e a nicotina, droga psicoativa responsável pela dependência física, que também causam infertilidade, halitose e envelhecimento precoce da pele.

Para se ter uma ideia, estas substâncias presentes nos derivados do tabaco são diretamente responsáveis por cerca de 50 doenças. “A indústria tabaqueira trabalha para trazer novos clientes para seu produto, que é o tabaco. Por isso, a iniciação aumentou. Embora a taxa de fumantes tenha caído bastante – de 38% na década de 1980 para 14% agora –, a experimentação é grande entre jovens que recorrem a novas formas de uso do tabaco, como é o caso do narguilé, novo aqui no Brasil, mas antigo nas comunidades islâmicas”, destaca.

Em gestantes, o fumo é responsável por abortos múltiplos e episódios de hemorragia, além de problemas na placenta e nascimentos prematuros. O cigarro ainda está relacionado a uma taxa elevada de morte fetal e de recém-nascidos. “A queda no tabagismo entre as mulheres foi muito menor que entre os homens. Isso demonstra que elas estão fumando mais e também morrendo em número muito maior devido ao câncer de pulmão. Já está praticamente alcançando o índice de mortes por câncer de mama”, alerta a médica.

A especialista também analisa os problemas que os indivíduos não fumantes enfrentam. Fumantes passivos têm um risco 30% maior de desenvolver câncer de pulmão e 24% maior de episódios de infarto do coração. Crianças que convivem diretamente com fumantes têm, em maior frequência, doenças respiratórias, como asma, bronquite, rinite alérgica e pneumonias. Em bebês, o fumo passivo ainda eleva o risco de morte súbita. “Fumantes passivos também sofrem os efeitos imediatos da chamada poluição tabagística, entre eles irritação nos olhos, dor de cabeça e aumento de problemas alérgicos, principalmente respiratórios”, afirma.

Quem deseja se livrar do problema deve buscar ajuda e adotar novas práticas de comportamento. Para isso, o indivíduo pode contar com medicamentos e terapias que contribuem para minimizar os sintomas da síndrome de abstinência da nicotina.

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