É fato que estamos tão ocupados em nossa vida diária que nem percebemos os efeitos nocivos de síndrome conhecida popularmente como estresse. Naturalmente, o organismo desenvolve um conjunto de reações ao ser submetido a uma situação que exija esforço maior para se adaptar. Ou seja, reage diante de problemas financeiros, no trabalho ou familiares. Problemas relacionados com este mal costumam começar de forma lenta e gradual e seus sintomas vão se tornando evidentes a cada dia, através de alterações metabólicas, mentais e emocionais.
A terapeuta ocupacional e corporal Joelma Alkimin destaca que é importante observar sintomas como músculos contraídos ou “apertados”, mudança da frequência cardíaca, aumento da pressão sanguínea, respiração irregular e/ou sudorese, mas estudos revelam que a perda de foco, de interesse, distúrbios de memória também são sinais da síndrome. “O ser humano convive com o estresse em seu cotidiano e por isso deve procurar entender suas causas para reduzir seus efeitos danosos”, frisa.
Questionamentos como “tenho dor física?” ou “como estou me sentindo agora?” ajudam a identificar o estresse, que passa por quatro fases.
“A fase de alarme consiste em um período muito rápido, de orientação e identificação do perigo, preparando o corpo para a reação propriamente dita, ou seja, a fase de resistência. Muitas vezes, essas sensações não se identificam como sendo de estresse e por isso muitos não se dão conta de que estão neste estado”, explica. Joelma destaca que a segunda fase, a de resistência, é um período que pode durar anos. “É quando o corpo se adapta à nova situação. É parte do estresse total do indivíduo e se processa de dois modos básicos: o sintóxico, de tolerância e aceitação, e a catotóxica, de não aceitação. Isso ocorre quando a pessoa tenta se adaptar à nova situação, restabelecendo o equilíbrio interno”, revela.
Segundo a terapeuta, a fase da quase-exaustão, identificada recentemente, caracteriza-se pelo enfraquecimento da pessoa, que não consegue adaptar-se ou resistir ao motivo do estresse.
É neste momento que as doenças começam a surgir, embora ainda não tão graves como na fase subsequente.
“A fase de exaustão consiste em uma extinção da resistência, seja pelo desaparecimento da causa do estresse ou do agressor, seja pelo cansaço da resistência. Neste caso, o resultado será o desenvolvimento de uma doença ou mesmo de um colapso nervoso e físico”, completa Joelma Alkimin.