É durante o verão que mais estamos vulneráveis aos efeitos nocivos do sol, ou seja, em virtude de estarmos mais expostos aos raios UVA e UVB sem a proteção adequada
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Muito comum no Brasil, o câncer de pele ocorre principalmente em função do excesso de exposição aos raios ultravioleta emitidos pelo Sol, especialmente o tipo UVB. Conforme dados da Estimativa 2014 de Incidência de Câncer no Brasil, a previsão de novos casos do câncer de pele não melanoma, o mais comum, chega a 576.580. Esse tipo de câncer atinge homens e mulheres de maneira praticamente igual, no entanto, é um dos que apresentam melhor percentual de prevenção e, quando diagnosticado precocemente, está também entre os que têm maior chance de cura.
De acordo com o médico dermatologista Hamilton Ometto, é importante que as pessoas entendam que o sol é bom, porque é através da exposição aos raios solares que o organismo produz vitamina D, substância responsável principalmente pelo metabolismo do cálcio, que favorece a formação dos ossos, enquanto a sua deficiência está relacionada a processos de osteopenia e osteoporose. Porém, a exposição saudável deve ser apenas na medida certa. “Então, devemos evitar os horários impróprios, como entre 10h e 16h; aplicar o protetor solar; utilizar boné ou chapéu, e procurar caminhar pela sombra. É importante tomar atitudes de proteção solar, ou seja, de prevenção primária. A outra é a prevenção secundária, procurar diagnosticar cedo esta doença, através de um check-up cutâneo”, ressalta.
O especialista alerta que é durante o verão que mais estamos vulneráveis aos efeitos nocivos do sol, ou seja, em virtude de estarmos mais expostos aos raios UVA e UVB, embora seja necessário ter cautela o ano todo. “As pessoas devem evitar as queimaduras solares, ou seja, a queimadura de primeiro grau, em que a pele fica muito vermelha após a exposição por duas ou três horas, por exemplo. Após essa exposição, é possível verificar essa vermelhidão exagerada. É bom evitar que nesta vermelhidão se formem bolhas, pois já seria uma queimadura de segundo grau. Em clubes ou na praia, principalmente, onde temos tanto os raios que vêm de cima como a reflexão do sol na areia, no chão claro e na água, a quantidade de sol recebido praticamente se duplica”, alerta.
Por isso, o dermatologista esclarece sobre os principais cuidados que adultos, crianças e idosos devem ter com a pele durante esse período. “Portanto, devemos sempre usar chapéu com abas, bonés e camisetas leves, caminhar pela sombra e sempre se proteger debaixo do guarda-sol. E o uso do filtro solar, que é um dos componentes dessa educação preventiva da pele desde a infância. Normalmente, recomendamos o filtro com fator de proteção 30 FPS contra UVA e UVB, sendo que o espalhamento é o fator principal para a eficácia do produto. Está provado que essas vermelhidões e queimaduras intermitentes durante a vida fazem com que surjam as pintas e também o câncer de pele. Muitas vezes essas queimaduras de fim de semana ou em temporadas de férias são piores do que a exposição crônica ao sol, por isso é fundamental se proteger”, completa Hamilton.