Até hoje não existe um consenso sobre o nível de açúcar no sangue que pode ser considerado hipoglicemia, mas normalmente a taxa de glicose abaixo de 60mg/dl ou 70mg/dl já pode desencadear uma crise. O risco é maior em diabéticos, pessoas muito magras, idosos e crianças com até 7 anos de idade.
De forma geral, o endocrinologista Fabiano Zaidan Borges explica que, nas causas mais comuns de hipoglicemia, se devem manter hábitos equilibrados e saudáveis de vida. “Principalmente no que diz respeito à alimentação. Por isso, o ideal é sempre comer em intervalos curtos de tempo, evitando o uso de carboidratos de absorção rápida, como o açúcar, e preferindo carboidratos de lenta absorção, como os presentes nas massas e pães integrais. Além disso, dependendo da causa, é importante tratar a doença de base causadora desta condição”, recomenda.
O especialista alerta que a hipoglicemia pode ter tratamento ou cura, ou não, dependendo da precocidade do diagnóstico e da causa. Por isso, na presença de qualquer sintoma, o ideal é procurar um médico. “O diagnóstico é feito primeiro através da história clínica detalhada no consultório do médico. Muitas vezes o paciente tem todos os sintomas típicos e relata que eles desaparecem ao se alimentar, o que chama a atenção do médico. Porém, é importante procurar ajuda e realizar exames complementares para, se necessário, descartar causas mais graves, como tumores de pâncreas, por exemplo. Quando possível, é interessante medir a glicose na ponta do dedo no momento da crise”, orienta o endocrinologista Fabiano Zaidan.