SAÚDE

Diagnóstico precoce ajuda a reverter problemas de audição

Com apenas uma avaliação instrumental, feita na criança desde bebê, a audição infantil pode ser testada e exercitada desde cedo

Publicado em 15/08/2012 às 10:59Atualizado em 19/12/2022 às 17:55
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Exames periódicos com diagnóstico precoce ajudam crianças a reverter problemas de audição. Com apenas uma avaliação instrumental, feita na criança desde bebê, a audição infantil pode ser testada e exercitada desde cedo. Crianças que demoram mais para falar ou são muito dispersas e distraídas podem estar com problemas de audição.

O teste da orelhinha, obrigatório após o nascimento, veio colaborar com diagnósticos precoces e, segundo Mariana Marques de Rezende, gestora do curso de Fonoaudiologia e responsável técnica pelo Serviço de Saúde Auditiva, ambos na Uniube, mesmo que o resultado seja positivo, não quer dizer que a criança tenha um problema. “Vários fatores interferem no exame, como, por exemplo, se houver resto de líquido amniótico no ouvido ou se o paciente apresentou uma otite, secreção ou cera. Por isso, é indicado que um médico otorrinolaringologista acompanhe o caso. É um trabalho de equipe”, comenta.

Ao realizar teste na criança, é importante que seja um profissional qualificado, pois estes primeiros exames são comportamentais e até subjetivos, ou seja, dependem da interpretação de ações e reações da criança e do profissional. Outro ponto de suma importância é a observação dos pais, se esta criança vem agindo conforme sua idade, tanto nos aspectos de observar o ambiente como interagir com os objetos. “Há casos em que ao nascer já existe um acompanhamento, pois a mãe teve rubéola congênita ou tomou medicamento ototóxicos durante a gestação. Para colaborar com estes casos, existe o exame objetivo chamado DERA.

Então, existe uma perda reversível quando afeta a orelha média e, com o tratamento adequado, dá para retornar à audição plena. Mas existem as perdas irreversíveis, no caso acima citado de rubéola ou de uma forte meningite, fator de risco. As perdas auditivas são classificadas em quatro intensidades: leve, moderada, severo e profundo. “O importante no processo de uma perda auditiva é que o diagnóstico da perda seja feito o mais rápido possível, pois podemos indicar a melhor conduta para esta criança, seja pelo aparelho auditivo ou uma cirurgia que a gente chama

de implante coclear”, ressalta a fonoaudióloga.

O desenvolvimento de linguagem e da comunicação até os seis meses de idade é igual para a criança com problemas e a ouvinte. Depois diferencia porque uma começa a associar o que ela diz com a ação da outra pessoa enquanto a outra, não. “A criança que ouve mal fala mal. Por isso, a Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza que as crianças detectadas com perda de audição sejam adaptadas com aparelhos de audição até os seis meses de vida. Isto não é a realidade brasileira. No meu setor recebo crianças de 6 a 7 anos com perda, cuja família nem desconfiava”, informa.

Na escola, as dificuldades em participar das aulas, em se expressar ou assimilar o conteúdo ensinado pelo professor pode indicar problemas na escuta. Já existe um aparelho auditivo que permite comunicação direta de pais e professores, como também um aparelho que tira o som ambiente para a pessoa ouvir somente o falante. Isto também serve para os adultos com perda de audição. O processo de adaptação a um aparelho auditivo leva tempo e depende da pessoa. “Hoje, no relógio, você muda o programa do seu aparelho”, diz.

O Ministério da Saúde mantém o programa de média complexidade "Saúde Auditiva", na Uniube, atendendo 79 pacientes por mês, com a entrega de 138 aparelhos auditivos, através de verba do Sistema Único de Saúde (SUS) Testando a audição. Reação aos sons em cada fase: • Até 3 meses Assusta-se com ruído forte Faz sons vogais como “ooh” e “aah” •  Dos 3 aos 6 meses Balbucia bastante Movimenta os olhos e vira a cabeça na direção de vozes   •  Entre 6 meses e 9 meses Responde ao seu próprio nome Imita a fala com sons Brinca com repetição da voz “La-la-la-la”   •  De 9 a 12 meses Responde diferentemente a conversa feliz ou raivosa Usa duas ou três palavras corretamente   •  De 1 a 2 anos Identifica pessoas, partes do corpo Pode nos dizer o que quer Gesticula com fala apropriada Repete algumas palavras ditas Aumenta o vocabulário com aproximadamente 20 palavras  

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