Neste ano, o mote da campanha é “O rim envelhece, assim como nós”. O intuito é chamar a atenção dos idosos, que são os mais atingidos pela doença, já que na medida em que a pessoa envelhece, perde parte das funções renais. “Alguém na família com doença renal também faz da pessoa um integrante do grupo de risco, além das pessoas que fazem uso regular de anti-inflamatórios hormonais, como alguns tipos de remédios para dor nas costas e dor de cabeça, por exemplo”, acrescentou Rinaldi.
O presidente da SBN explicou também que há outras doenças que acometem os rins, como as nefrites (inflamações acompanhadas por sangue ou espuma na urina), cálculos renais (as conhecidas pedras, que causam fortes dores) e as infecções urinárias. Ele diz que essas doenças, quando aparecem, têm quadro clínico bem característico e são mais fáceis de diagnosticar. Importante salientar, segundo ele, “é que o rim é lesado pelas outras doenças, que não dão sintomas e podem levar à necessidade de hemodiálise e transplante”.
De acordo com Rinaldi, dos 15 milhões de pessoas que têm doença renal, apenas 10% sabem e 100 mil fazem hemodiálise. “A probabilidade é de que a cada dez indivíduos, um tenha doença renal. Se é feito um diagnóstico precoce é mais fácil tratar a doença de base e se consegue evitar a progressão da doença. Sem um diagnóstico preciso, a maioria dos pacientes morre sem sequer ter acesso à diálise, o principal tratamento da doença em estágio avançado”, explicou.