Minas Gerais foi o estado pioneiro no desenvolvimento de diagnóstico precoce pelo SUS, no país. Hoje, toda criança, ao nascer, faz o Teste do Pezinho, que possui, entre outros, um exame especializado para detectar a anemia falciforme. Segundo o médico Hélio Morais de Souza, detectada a doença no recém-nascido, a mãe é orientada a encaminhar a criança a um tratamento para que ela tenha qualidade de vida e maior expectativa de vida. “Até 20 anos atrás, a vida média de um portador de anemia falciforme era menor que 10 anos. A expectativa chegou a 30 e poucos anos e hoje a conclusão é de que a pessoa que tem essa doença bem tratada pode levar uma vida praticamente normal”, revela. Referência. O Hemocentro de Uberaba é o centro de referência no tratamento da doença na região. Nele, cerca de 200 pessoas estão cadastradas para o tratamento regular, de três em três meses. O acompanhamento é feito desde o nascimento, à base de vacinas, para combater as primeiras e mais frequentes complicações, já que o portador fica mais susceptível a infecções. O Hemocentro fornece antibióticos e, durante as crises de dor e febre, o atendimento é feito pelo Hospital de Clínicas da UFTM. “Eventualmente o portador precisa fazer transfusões de sangue e tratamentos ortopédicos e neurológicos”, completa. Mais informações pelo telefone 3312-5077.