De acordo com a Federação Internacional de Diabetes (IDF), em todo o mundo, mais de 300 milhões de pessoas são portadoras de diabetes atualmente, sendo que um alto percentual vive em países em desenvolvimento. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, aproximadamente 5,8% da população a partir dos 18 anos tem diabetes tipo 2, o que equivale a 7,6 milhões de pessoas.
E aparecem 500 novos casos por dia. O diabetes tipo 1 e o tipo 2, juntos, atingem 10 milhões de pessoas.
Para amenizar esse crescimento e conscientizar as pessoas em relação à doença, 14 de novembro é considerado oficialmente como o Dia Mundial do Diabetes, que este ano tem como tema “Educação e Prevenção em Diabetes”. O foco é a crescente necessidade de educação sobre diabetes e o aumento de programas de prevenção, mas como esse número vem crescendo, para evitar complicações causadas pelo diabetes, o ideal é o diagnóstico precoce e a preocupação com o tema todos os dias.
De acordo com o médico especialista em Patologia Clínica, Jorge Abdanur, os principais sintomas da doença são sede excessiva, urinar muitas vezes ao dia, perda de peso e queda do estado geral. Para ele, em caso de suspeita é necessário que o paciente procure um clínico geral, um endocrinologista ou um médico de confiança para ser encaminhado a exames laboratoriais. O mais comum para medir o nível de glicose é o chamado Glicemia de Jejum, feito através da coleta de sangue.
“O diagnóstico de diabetes é dado por duas dosagens seguidas superiores a 126 mg/dl, uma única dosagem superior a 200 mg/dl ou a curva glicêmica clássica alterada”, ressalta Abdanur. Entretanto, ele pontua que a alteração dessa taxa pode ser causada por outros fatores e o paciente não ser diabético. “Entre eles está a obesidade, dieta prévia ou jejum inadequado e o uso de alguns medicamentos”, esclarece.
Para aquelas pessoas que já são portadoras do diabetes, alguns exames realizados periodicamente podem potencializar o tratamento. Abdanur ressalta que um dos exames mais indicados para controlar a doença é o de hemoglobina glicada, capaz de resumir para o especialista e para o paciente em tratamento se o controle glicêmico foi eficaz, ou não, num período anterior de 60 a 90 dias. Há, ainda, o teste chamado frutosamina, que apresenta o controle glicêmico das últimas 4 a 6 semanas, podendo ser útil à avaliação de alterações do controle de diabetes em intervalos menores, para julgar a eficácia de mudança terapêutica, assim como no acompanhamento de gestantes com diabetes.
O especialista afirma que o tratamento inadequado traz complicações ao paciente, afetando principalmente a função renal e os sistemas nervoso periférico e oftalmológico.
O médico ressalta que o melhor remédio é a prevenção. “Dieta saudável, exercícios físicos e a visita anual ao médico para a avaliação clínica são atitudes fundamentais para evitar essa doença, que é muitas vezes silenciosa”, conclui o médico.