Tremores, lentidão dos movimentos, falta de equilíbrio e rigidez dos músculos são os sintomas mais observados nos portadores da doença de Parkinson. O Ministério da Saúde estima que a prevalência da doença no Brasil seja de 100 a 200 casos para cada 100 mil habitantes. Habitualmente, os sintomas surgem após os 65 anos. Porém, em torno de 15% dos doentes com a doença de Parkinson a desenvolvem antes dos 50 anos. Dia Mundial da Doença de Parkinson, celebrado em 11 de abril, visa a ampliar a conscientização sobre a doença e incentivar a pesquisa para tratamentos.
Hoje, a novela Em Família, da TV Globo, aborda o tema com o ator Paulo José, interpretando um portador de Parkinson, doença com a qual ele próprio convive desde 1993. Já o ator americano Michael J. Fox está no ar com a série O Show de Michael J. Fox, no canal Comedy Central, uma comédia que retrata o dia a dia de um parkinsoniano interpretado pelo ator, que descobriu a doença ainda muito jovem, em 1999.
É uma doença crônica, degenerativa, progressiva e altamente incapacitante. Muitas vezes, o paciente demora anos para receber o diagnóstico correto, pois os primeiros sinais da doença são quase imperceptíveis e podem ser confundidos com outras enfermidades. A caligrafia menos legível, a fala monótona, os lapsos de memória e depressão são alguns desses sinais.
Segundo a neurologista Vanderci Borges, não há cura para a doença de Parkinson. No entanto, o diagnóstico precoce da doença e os tratamentos adequados podem ajudar o paciente a conviver de uma forma melhor com a doença. “Existe tratamento para melhorar os sintomas e é importante que o paciente, quando apresente os sintomas, procure um médico para iniciar o mesmo. Ainda não há cura da doença, mas com o tratamento a pessoa tem possibilidade de se movimentar melhor e ter uma vida de melhor qualidade”, afirma.
Carolina de Oliveira Souza, fisioterapeuta especialista em neurologia, explica que o tratamento é medicamentoso e consiste basicamente na reposição da dopamina. “É necessário que o paciente tenha o acompanhamento de um fisioterapeuta, porque a doença acomete muitos movimentos, chamados de movimentos automáticos, ou seja, aqueles feitos sem a pessoa pensar, tais como se vestir e andar”, esclarece. É importante ainda que o paciente tenha o acompanhamento de um fonoaudiólogo, pois o paciente passa a apresentar problemas com a articulação da fala à medida que a doença evolui.