Antes dos 60 anos, 75% das mulheres vão regularmente ao ginecologista e, após esta idade, o percentual cai para 56%. O pico do câncer de mama está nas mulheres entre 50 e 60 anos, portanto, com o passar dos anos a visita ao médico tem de ser cada vez maior. Já que quando diagnosticado em estágio inicial, o câncer de mama tem 95% de chance de cura. No Brasil, estudos mostram que 60% dos casos têm diagnóstico tardio e 11 mil mulheres morrem por ano em decorrência da doença. Quem ainda se considera imune ao risco dá pouca importância à mamografia e exame clínico das mamas, necessários à detecção precoce do câncer. Além disso, o autoexame das mamas pode ajudar, mas não exclui a necessidade de mamografia e exame clínico.
Segundo Délcio Scandiuzzi, diretor do HHA, quanto à diagnóstico e tratamento, o 16º Congresso Mundial de Mama apontou ainda o papel positivo da ressonância magnética no diagnóstico precoce do câncer de mama, destacando alternativas como a angiomamografia e a tomossíntese, uma evolução da tomografia digital e que pode vir a substituir a mamografia convencional. Para o oncologista, é esperada evoluções importantes nas técnicas para cirurgias, que nos últimos anos passaram a ser menos invasivas, diminuindo a necessidade da retirada total ou parte da mama da mulher. E ainda a utilização em mais larga escala de tratamento com medicação alvo, cujo tratamento torna-se individualizado e mais específico. “Há grande número de medicamentos sendo estudados para tratar o câncer de mama, mas há um remédio inteligente, o RER2, baseado em articorpos monoclonais, para tratamento de uma mutação, chamada Triplo Negativo, que atinge cerca de 15% das mulheres com câncer. Remédio já disponível no hospital”, frisa.
Hoje, a tendência contra o câncer de mama é a individualização do diagnóstico e tratamento, permitindo atingir as variações da doença em cada mulher, alterações causadas por fatores sócioambientais e mesmo genéticos, como hábito de fumar, alimentação inadequada, e outros.