Vermelhidão, queimação, irritação e dificuldade para engolir alimentos, seguidos de dor na garganta são sinais típicos de inflamação
Vermelhidão, queimação, irritação e dificuldade para engolir alimentos, seguidos de dor na garganta são sinais típicos de inflamação, enquanto febre, inchaço eventual dos gânglios linfáticos, rouquidão, mau hálito e dificuldades respiratórias são sintomas de resfriado. Estas são razões comuns que levam pessoas a visitarem um médico, principalmente nos dias frios e secos. No entanto, os problemas são apenas sintomas de que alguma coisa está errada, podendo ser amigdalite, faringite, ou até algo mais grave.
Estima-se que existam cerca de 200 vírus diferentes que podem provocar um resfriado e, portanto, uma dor de garganta, mas em alguns casos a dor de garganta pode ser causada também por bactérias. O otorrinolaringologista Alexandre Cercal explica que a dor é favorecida pelo ar muito seco e poluído, pela fadiga, após o enfraquecimento do sistema imunológico, por uma alergia, pelo tabaco ou a sua fumaça, pelo estresse ou nervosismo, ou pelo simples fato de ter falado ou gritado muito. A mononucleose e o refluxo do conteúdo ácido do estômago para a garganta também podem causar uma dor crônica na laringe e faringe, simulando uma infecção.
“Em casos raros, uma inflamação de garganta pode ser um sintoma de câncer, particularmente câncer de laringe e faringe. Esse câncer, às vezes causado pelo vírus do HPV, é mais propenso a se desenvolver em pessoas que fazem sexo oral sem proteção em múltiplos parceiros durante sua vida. Vale lembrar que fumar e consumir bebidas alcoólicas são outras causas de câncer de garganta”, alerta o otorrino. O câncer de laringe é mais comum entre os homens e mata cerca de 90 mil pessoas por ano em todo o mundo, cujo principal fator de risco ainda é o cigarro. “Por isso é recomendado procurar um médico otorrinolaringologista se uma rouquidão durar mais de uma semana e for seguida de dor de garganta, ardência, pigarros frequentes, dificuldade para respirar e para engolir”, alerta o médico. (TM)