A denominação é estranha, mas os sinais são muito comuns. A espondilite anquilosante é uma doença que causa, principalmente, dor nas nádegas e/ou na coluna lombar, continuamente, por mais de três meses e com ritmo inflamatório, com a presença de rigidez nos locais doloridos. De impacto maior durante a manhã, no período de repouso o problema costuma piorar. No entanto, ocorre o contrário com a prática de atividade física. Atualmente, os homens são seis vezes mais afetados pela doença do que as mulheres.
A espondilite é uma artropatia inflamatória crônica, autoimune, que acomete principalmente a bacia, a coluna vertebral, os ombros e os quadris, mas também pode atingir os olhos, o intestino, os rins, os ossos, e o coração e vasos sanguíneos. Os incômodos costumam aparecer antes dos 45 anos, geralmente aos 25. Ainda que seja rara, a espondilite pode surgir antes dos
16 anos e, ainda menos frequente, depois dos 45 anos. Já as mulheres tendem a apresentar um quadro clínico mais leve. Segundo o diretor da Sociedade Brasileira de Reumatologia, Eduardo de Souza Meirelles, quem apresenta a doença possui predisposição genética, que pode ser pesquisada por meio de exame de sangue.
Além da fisioterapia e do tratamento com medicamentos, algumas outras recomendações são importantes.
O colchão em que o paciente dorme deve ser firme e sem depressões, pois, se estiver deformado, o indivíduo precisa usar uma tábua adequada entre o colchão e o estrado da cama. Quando passa a fase ativa da espondilite anquilosante, é importante manter a cama rígida, evitando qualquer tendência de curvatura da coluna. Se o paciente estiver viajando ou em um hotel, pode colocar o colchão no chão e dormir sobre ele.