Dor pode ser sinal de doenças associadas, alerta especialista

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a perda de audição atinge cerca de 15 milhões de brasileiros. Por isso, em caso de dor, coceira, secreção e diminuição da audição, o otorrinolaringologista Marcelo Hueb alerta que é muito importante procurar um especialista ao sinal dos primeiros sintomas. “Esta é a melhor maneira de prevenir o problema. O ideal é procurar o médico periodicamente, mas também fazer visitas antes de aproveitar o verão. De maneira geral, em relação às otites externas, prevenir é sempre melhor do que remediar, principalmente em recém-nascidos, idosos ou pessoas com a saúde debilitada”, explica.

O tipo de otite mais comum é causado por germes e fungos presentes na água e, nesses casos, as maiores vítimas são as crianças, que aproveitam ao máximo o lazer o mar ou a piscina. O tratamento é feito com analgésicos, calor local, instilação de gotas e limpeza do canal e às vezes torna-se necessário prescrever antibióticos, mas apenas o médico está preparado para avaliar o estado de cada caso.

O médico destaca alguns cuidados essenciais para manter a saúde auditiva em dia, principalmente no verão. “Seque bem os ouvidos após nadar, mergulhar ou mesmo após o banho. Uma toalha de papel ou papel higiênico na ponta do dedo indicador é o bastante para secar bem o ouvido. Evite nadar e mergulhar em águas sujas ou poluídas e nunca introduza grampos ou outros objetos pontiagudos no canal externo do ouvido para fazer limpeza. Nem mesmo o uso de cotonetes é recomendável para a saúde auditiva. Nadadores com otite externa crônica não devem se esquecer dos protetores auriculares e de secar bem os ouvidos após o contato com água. Evite pingar produtos no ouvido, a não ser remédios recomendados pelo seu médico de confiança e procure sempre um otorrinolaringologista quando tiver dor de ouvido. Outras doenças podem estar associadas à dor e somente o médico poderá orientá-lo adequadamente”, esclarece o especialista.