Para o mastologista Leandro De Vito, esta é uma questão que deve ser investigada porque diminui a qualidade de vida das mulheres
Quando se fala em doenças relacionadas às mamas o que primeiramente vem à cabeça das mulheres é o câncer. Porém, existem outros problemas que podem atingi-las e que são bem menos lembrados. São as dores nas mamas. De cada 10 mulheres que procuram um mastologista sete reclamam de dores. Para o mastologista Leandro De Vito, esta é uma questão que deve ser investigada porque diminui a qualidade de vida das mulheres. “Mas não chega a ser sinal de doenças graves ou mesmo de um câncer de mama”, afirma. Segundo o especialista, as dores, que podem ser fortes, pulsantes, do centro para as bordas ou com sensação de queimação, estão ligadas ao estresse e tensões sofridas pela mulher ou mesmo pelo seu hábito alimentar ou de fumar. “Pode ser de um lado só, dos dois, pode acompanhar o ciclo menstrual ou não. O caso das dores antes da menstruação é que, seja no período que antecede a menstruação ou mesmo durante o ciclo, a mama fica cheia de líquido e a mulher sente o corpo inchado, o que causa o incômodo”, frisa. Cuidados. Por ser possuidora de muitas terminações nervosas é comum a maioria das mulheres sentir algum tipo de dor ou mesmo um pequeno incômodo rotineiro nas mamas. Mas o médico explica que há algumas formas de amenizar o problema. “Uma boa alimentação é evitar o cigarro, que aumenta muito essa sensibilidade, são recomendáveis. O café, o chocolate e a Coca-Cola em excesso não levam à dor, mas também aumentam a sensibilidade. Reduzindo seu consumo é possível sentir uma melhora”, conta De Vito. Já o uso de analgésicos para atenuar as dores, precisa de acompanhamento médico. “Porque alguns tipos de infecções podem começar com essas dores, vermelhidão, e apenas um exame mais detalhado e feito por especialista vai detectar alterações importantes que necessitam de tratamento”, frisa. O mastologista faz, ainda, um alerta importante. “Quando é do lado esquerdo, que caminha para o braço, chamamos a atenção para a possibilidade de doenças do coração. Não é só a mama que merece atenção, nesse caso”, completa.