SAÚDE

Educação sexual para crianças e adolescentes deve começar cedo

A educação sexual para crianças e adolescentes foi um dos temas do 21º Congresso da Associação Mundial de Saúde Sexual

Thassiana Macedo
Publicado em 03/10/2013 às 00:57Atualizado em 19/12/2022 às 10:48
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A educação sexual para crianças e adolescentes foi um dos temas do 21º Congresso da Associação Mundial de Saúde Sexual. Estudo apresentado no evento mostra que a educação sexual nas escolas brasileiras começa com alunos por volta dos 13 anos. Para a psiquiatra Carmita Abdo, o ideal seria começar a falar sobre o assunto antes, com crianças entre 9 e 10 anos. “Muitos brasileirinhos e brasileirinhas com menos de 13 anos começam a ter relações sexuais sem saber o que é sexo protegido”, ressalta a psiquiatra.

De acordo com a especialista, os pais devem tirar as dúvidas dos filhos assim que elas forem surgindo, de forma direta e objetiva, e não tentar ir além da pergunta feita. Carmita ressalta que é importante estar atento às necessidades dos adolescentes, pois não existe uma fórmula padrão. “É preciso olhar o que o adolescente está falando, e não tentar usar o que já está escrito, como se valesse para todo o mundo. É preciso trabalhar em cima das necessidades de cada um”, explica.

Conforme a pesquisa, que ouviu 30 mil pessoas entre 18 e 64 anos em 37 países, pessoas sem educação sexual têm duas vezes mais chances de não usar preservativos. “Não é verdade que a educação sexual estimula a criança a fazer sexo. Pesquisa da Unesco mostra que entre grupos de crianças que tiveram educação sexual mais cedo e de crianças que não a tiveram não houve diferença na idade da iniciação sexual”, avalia a psiquiatra. Ela acrescenta que as crianças captam mais do que os pais podem imaginar e que sabem quando um tema não é bem-vindo em casa.

Com a dificuldade dos pais em abordar o tema em casa, debater o assunto na escola torna-se fundamental, embora a psiquiatra destaque que a melhor educação sexual é na família. “Caso os pais não se sintam confortáveis, ela recomenda que busquem informação ou peçam a alguém próximo à criança que faça esse papel. Se a criança ou adolescente não encontra a informação em casa, vai buscar em sites, livros e revistas, que muitas vezes tratam da iniciação sexual de forma inadequada”, completa.

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