Em Uberaba, 57 pessoas estão em tratamento contra a hanseníase

Atualmente, 57 pacientes estão em tratamento da hanseníase em Uberaba. O tratamento é gratuito e está disponível à população em qualquer Unidade Básica de Saúde (UBS) da cidade. Por isso, a Secretaria Municipal de Saúde quer intensificar o trabalho de orientação sobre a doença. Para isso, o Departamento de Epidemiologia e do Serviço de Controle e Prevenção à Hanseníase realizou curso de Capacitação sobre hanseníase para 90 médicos e enfermeiros das Equipes de Saúde da Família.

De acordo com o secretário Fahim Sawan, o objetivo é trabalharmos na detecção precoce da doença e, também, no tratamento. “A hanseníase é uma doença transmitida via aérea superior, ou seja, pela respiração, porém na primeira dose da medicação, o paciente já para de transmiti-la”, ressalta.

De acordo com a enfermeira Adriana Naves Coelho, Referência Técnica do Programa de Controle e Prevenção à Hanseníase, é importante os que os profissionais trabalhem na divulgação de sinais e sintomas e na busca ativa de novos casos para evitar a incapacidade. “O paciente que não trata ou demora a descobrir o diagnóstico pode perder a movimentação de mãos e braços e, ainda, ficar com sequelas para o resto da vida”, alerta.

Vale lembrar que a Hanseníase é uma doença infectocontagiosa, que tem como sintomas o aparecimento de manchas na pele, com a perda de sensibilidade nas mãos e nos pés e dores nos nervos dos membros superiores e inferiores. As manchas podem ser de tamanhos diversos, presentes em qualquer lugar do corpo, única ou múltipla e de coloração esbranquiçada, avermelhada ou amarronzada. “O que diferencia essa mancha das demais é justamente a perda da sensibilidade, como calor, frio e dor. A população deve ficar atenta, fazendo o autoexame da pele”, explica Adriana.

O tratamento pode durar seis meses, um ano ou dois anos, de acordo com a gravidade da doença. O paciente deixa de transmitir a hanseníase assim que o tratamento é iniciado, mas as pessoas com quem ele entrou em contato devem ser examinadas e orientadas. “Quanto mais rápido ela for descoberta, menor será o tempo de tratamento”, completa a Referência Técnica. Ela lembra que, quando o diagnóstico é precoce, há chance de 100% de cura.