Como o estado da boca interfere no funcionamento de todo o organismo, podendo inclusive provocar doenças que a princípio parecem não ter qualquer relação com a boca, a população deve estar alerta para a higienização correta e os cuidados preventivos regulares. O dentista Ricardo Lins Marques revela que as doenças mais comuns são de fácil controle, já que estão diretamente ligadas aos hábitos diários. Sem restrição de idade, as cáries são os problemas mais comuns. “A má higienização dos dentes, presença de bactérias, saliva insuficiente e falta de flúor são as causas mais comuns, cuja prevenção pode ser feita em casa, com escovações após todas as refeições, uso de flúor diariamente e do fio dental”, explica.
Entre as doenças ligadas à saúde bucal deficiente estão enxaquecas frequentes e dores lombares, que são influenciadas pelo encaixe incorreto dos dentes, refletindo no rosto, pescoço e coluna. Portadores de diabetes que possuem infecções podem não conseguir controlar as taxas de glicose. “A falta de mastigação adequada também é fator determinante para o desenvolvimento de problemas digestivos, como a irritação gástrica. O ideal é manter a higiene bucal sempre em dia e visitar um dentista a cada seis meses”, destaca Marques.
Gengivites também lideram as consultas nas clínicas odontológicas. E, por não apresentarem sintomas na fase inicial, são em sua maioria diagnosticadas tardiamente. “A principal causa é o acúmulo de alimento, produzindo colônias de bactérias que formam áreas de inflamação e tártaro. Quando avançadas, apresentam sangramento, dor e mau hálito. Nesse estágio, normalmente já existe perda da gengiva que segura o dente na boca, dores e sensibilidade, e pode levar à perda do dente”, completa.