As principais diferenças da gripe em relação ao resfriado são febre alta, geralmente acima de 38º, duração de uma semana ou mais, dor de garganta, coriza e irritação em olhos e ouvidos
Entre as principais diferenças da gripe em relação ao resfriado estão febre alta, geralmente acima de 38º, duração de uma semana ou mais, dor de garganta, coriza e irritação em olhos e ouvidos, cujas complicações podem levar ao desenvolvimento de pneumonia. Além disso, surgem em comum sintomas como tosse, dores musculares e de cabeça. As medidas de prevenção são praticamente as mesmas, como não espirrar ou tossir sem tampar a boca, sempre lavar as mãos com água e sabão, bem como evitar aglomerações. No caso da gripe, há outra medida de prevenção muito eficaz. Trata-se da vacina que protege contra os três vírus Influenza que circularam no ano anterior.
De acordo com a enfermeira Flávia Ana Pacheco, coordenadora do Serviço de Infecção do Mário Palmério Hospital Universitário, a procura da vacina pelas pessoas que não fizer parte dos grupos prioritários da Campanha Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde tem sido razoável. “Entretanto, muitas pessoas só começam a se preocupar quando as temperaturas caem. Isto é um erro, visto que o indivíduo levará até 15 dias para estar protegido. Há também pessoas que têm aversão a agulha. Para esses casos existe a opção de realizar a vacina após o uso do sistema de anestesia. O dispositivo causa a sensação de anestesia através do gelo. Temos ainda a possibilidade do uso de anestésico tópico”, revela.
A especialista esclarece que, ao contrário do que muitas pessoas pensam, a vacina é segura e bem tolerada. “Em poucos casos podem ocorrer manifestações de dor no local da injeção ou de endurecimento, o que pode ser associado a erro técnico de aplicação. Além disso, as pessoas que não tiveram contato anterior com os antígenos – substâncias que provocam a formação de anticorpos específicos – podem apresentar mal-estar, mialgia ou febre. Todas essas ocorrências tendem a desaparecer em 48 horas”, explica Flávia Pacheco.
Há muitas pessoas, porém, que decidem não se vacinar por acreditar que, toda vez que tomam a vacina ficam gripadas, o que, segundo a enfermeira, é um mito. “A vacina não causa gripe, uma vez que é feita com fração de vírus inativo. A vacinação pode reduzir em até 45% o número de hospitalização por pneumonia e em até 75% a mortalidade global. Na população idosa, o risco da evolução de uma gripe para pneumonia cai em cerca de 60% e o risco global de hospitalização e morte pode ser reduzido em 50% e 68%, respectivamente, a partir da imunização regular”, alerta a especialista.