Entenda como diferenciar a pneumonia do vírus de uma gripe

Pneumonia é um tipo de infecção que afeta os pulmões. Basicamente, as pneumonias são provocadas pela penetração de um agente infeccioso ou irritante, podendo ser bactérias, vírus, fungos ou causadas por reações alérgicas no espaço alveolar, onde ocorre a troca gasosa. Os alvéolos devem estar sempre muito limpos e livres de substâncias que possam impedir o contato do ar com o sangue. Diferente dos subtipos do vírus da gripe, que é uma doença altamente infectante, os agentes infecciosos da pneumonia não costumam ser transmitidos facilmente.

De acordo com o pneumologista Hugo Hyung, é fundamental distinguir o simples resfriado de uma pneumonia para que o tratamento seja o mais eficaz possível. “No caso do resfriado, causado por vírus, o paciente tem sintomas mais leves, como coriza nasal e pode tossir, mas geralmente os sinais acabam não interferindo muito na rotina diária da pessoa acometida, que clinicamente estará muito melhor do que alguém com sintomas de pneumonia”, destaca.

O especialista ressalta que, no caso da pneumonia, o tipo mais comum é causado por bactérias, sendo também o mais preocupante. O paciente tem febre alta rotineira, geralmente de 38ºC. Além da tosse, é muito comum a pessoa com pneumonia apresentar confusão mental, alteração da pressão arterial, mal-estar generalizado, falta de ar e secreção purulenta de coloração esverdeado-amarelada que vai ser eliminado pela tosse. Segundo o médico, dor é outro sintoma importante. O movimento de encher e esvaziar os pulmões, próprio da respiração, provoca dor porque eles estão inflamados.

No entanto, Hugo Hyung alerta que é importante lembrar que a pneumonia é uma doença de evolução muito rápida. “A pessoa está bem, mas em algumas horas a infecção se manifesta e é preciso procurar atendimento médico, sem demora. O tratamento da pneumonia requer o uso de antibióticos, e a melhora costuma ocorrer em três ou quatro dias. A internação hospitalar pode ser necessária quando a pessoa é idosa ou apresenta alterações clínicas, como comprometimento da função dos rins e da pressão arterial, bem como dificuldade respiratória”, completa.