SAÚDE

Equipe da Saúde orienta detentos sobre prevenção à hanseníase

Atualmente, 52 pessoas realizam tratamento contra a doença em Uberaba, sendo que em 2012 a Secretaria de Saúde notificou sete novos casos

Publicado em 14/03/2012 às 10:55Atualizado em 19/12/2022 às 20:47
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Equipe do Programa Municipal de Controle à Hanseníase realizou palestra na Penitenciária Aluízio Ignácio de Oliveira sobre os cuidados para prevenção da doença. Aproximadamente 1.100 detentos receberam orientações para identificar os sintomas de hanseníase e evitar a transmissão. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a ação serve para lembrar ainda que toda a população também deve se preocupar em procurar uma unidade de saúde em caso de suspeita de hanseníase.

De acordo com a referência técnica do programa, a enfermeira Adriana Naves Coelho, até dezembro de 2011 havia 45 pessoas em tratamento de hanseníase em Uberaba. Este ano, o programa já notificou a existência de sete casos novos, sendo um em janeiro e seis em fevereiro, e atualmente 52 pessoas realizam tratamento contra a doença. Ela observa que é fundamental conscientizar as pessoas sobre a hanseníase.

“É uma doença passada por contato íntimo e prolongado. Quanto mais precoce é feito o diagnóstico, menos sequelas o paciente vai ter. Os primeiros sinais de sintomas são de manchas avermelhadas, esbranquiçadas ou amarronzadas em qualquer parte da pele. Essa mancha é o sintoma mais importante e que 99% dos pacientes têm e ela não tem sensibilidade”, destaca a enfermeira.

Ou seja, no local onde há manchas a área da pele não coça, mas formiga e fica dormente, com diminuição ou ausência de dor e sudorese, da sensibilidade ao calor, ao frio e ao toque. E, se for um local onde há pelos, eles caem, porque se perdem as terminações nervosas. Ao perceber esses sinais suspeitos, a recomendação é imediatamente procurar um clínico geral em qualquer unidade básica de saúde e sugerir o exame de raspado da mancha.  Caso o resultado seja positivo, o paciente é encaminhado a um dermatologista para iniciar o tratamento. A enfermeira lembra que o tratamento é gratuito e há equipe multidisciplinar para acompanhamento.

“O tratamento é feito através de comprimidos. O paciente comparece mensalmente à unidade, toma uma dose supervisionada e leva o restante do medicamento para continuar tomando em casa. Para quem tem menos de cinco manchas, o tratamento dura cerca de seis meses. Acima de cinco manchas o tratamento é de um ano. É importante ressaltar que, assim que inicia o tratamento, não há mais risco de transmissão da doença”, alerta Adriana. Quem não realiza o tratamento correto da doença pode sofrer sequelas irreversíveis, como perda da sensibilidade das mãos e dos pés, que, com o tempo, aumenta de intensidade até a perda total do movimento dos membros. A partir do momento que há sequelas, a pessoa só consegue tratar para evitar que a doença se espalhe pelo corpo e a leve à morte e para deixar de transmitir

aos outros.

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