A equoterapia é desenvolvida na Apae, no Jockey Club e na sede da Associação Mineira de Equoterapia de Uberaba (AME), localizada na Univerdecidade, coordenada por Willian Rocha
Recurso terapêutico pouco conhecido, mas há 12 anos utilizado em Uberaba, traz benefícios físicos, emocionais e sociais na reabilitação de doenças complexas, como síndrome de Down, esclerose, esquizofrenia, ou dificuldades musculares em pessoas acidentadas ou em idade avançada.
A equoterapia é desenvolvida na Apae, no Jockey Club e na sede da Associação Mineira de Equoterapia de Uberaba (AME), localizada na Univerdecidade, coordenada por Willian Rocha de Oliveira e voluntários. De acordo com o fisioterapeuta, é um método terapêutico educacional que utiliza o cavalo com o intuito de promover melhoras no sistema nervoso e estimular o fortalecimento muscular.
Três aspectos são trabalhados através da atividade. “Primeiramente, através do movimento do cavalo, temos uma condição semelhante ao ser humano quando está andando”.
O caminhar possui semelhanças que são transmitidas ao praticante. “O cérebro da pessoa interpreta o movimento do cavalo como sendo dela mesma e têm-se respostas motoras do praticante como se ele estivesse andando com suas próprias pernas”, diz Oliveira.
O fator inclusão social é consequência da terapia. “Através do cavalo, dos benefícios que ele propõe à pessoa, cria-se as condições de incluir essa pessoa num contexto social, seja no seu retorno ao trabalho, escola ou à vida, seja através do esporte”, completa. Por exemplo, o Programa Quatro, que inclui o usuário num contexto esportivo, ou o projeto
Cavalgada na Terceira Idade, feito junto à Unidade de Atenção ao Idoso. “Esse contato trabalha a autoestima, transmite força de vontade e determinação”, conta.
Segundo Oliveira, não há contraindicações absolutas, mas algumas questões precisam ser observadas, entre elas se a pessoa possui epilepsia não controlada, quadro de osteoporose ou hérnia de disco grave. “Há certos cuidados a serem tomados. Por isso, é necessária uma equipe que tenha boa visão clínica ao avaliar a condição do praticante para que o atendimento seja eficiente e com segurança”.
Essa equipe é composta por múltiplos profissionais de saúde e educação, como fisioterapeutas, psicólogos, instrutores de equitação e médicos.