Quem já perdeu os movimentos de alguma parte do corpo em decorrência de um derrame, por exemplo, não imagina que pode ter a oportunidade de não só voltar a andar a pé, como a cavalo. Este é o benefício da equoterapia, de acordo com pesquisa apresentada na Universidade de Campinas (Unicamp) como tese de Mestrado da fisioterapeuta Fernanda Beinotti. Embora a pesquisa seja nova, a ideia é realizada na cidade há mais de 12 anos, na Associação Mineira de Equoterapia de Uberaba (AME), trazendo benefícios físicos, emocionais e sociais na reabilitação de doenças complexas, como síndrome de Down, esclerose, esquizofrenia, ou dificuldades musculares em pessoas acidentadas ou em idade avançada.
Em cima da montaria, pacientes conseguem recuperar sua capacidade motora normal, mostrando que recurso terapêutico da montaria em cavalos, além de ser eficaz, pode dar resultados mais rápidos do que a fisioterapia convencional. Para o estudo foram escolhidas dez pessoas que haviam sofrido derrame há pelo menos um ano, mas que não apresentassem doenças agravantes – como diabetes e hipertensão – e que conseguissem andar com dificuldade.
A pesquisa durou quatro meses, quando cinco pacientes fizeram três sessões
(30 min.) por semana de fisioterapia convencional, enquanto outros cinco cumpriram duas sessões de fisioterapia e uma de equoterapia.
Resultado. A pesquisadora descobriu que houve recuperação significativa da habilidade de contrair e relaxar os músculos dos pés, melhora nos movimentos das pernas, no equilíbrio e ainda na forma de andar.