Com a chegada do verão, as temperaturas começam a subir. O calor e os efeitos do sol aumentam as doenças dermatológicas
Com a chegada do verão, as temperaturas já começam a aquecer. Com o calor e os efeitos do sol há o aumento de algumas doenças dermatológicas ligadas à estação. Fitofotodermatose, mancha escura provocada pelo suco de limão na pele, micoses, queimadura do sol, miliarias, acnes solares e manchas são as mais frequentes. O que deve ser um alerta a toda população, pois de acordo com uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, 62% dos brasileiros não usam protetor solar.
De acordo com a dermatologista Maria Aparecida de Faria Grossi, a brotoeja ou miliária ocorre pelo entupimento dos ductos das glândulas sudoríparas, produtoras do suor. Ambientes úmidos e quentes, e o uso de roupas pesadas e tecidos sintéticos pioram o quadro. “O mesmo ambiente também favorece o aparecimento das micoses superficiais, infecções causadas pelos fungos, que se proliferam com mais facilidade. Roupas úmidas também devem ser evitadas. Além de usar roupas leves, preferencialmente de algodão, é preciso ficar o menor tempo possível com roupas úmidas e enxugar bem as áreas de dobra”, explica.
Com a incidência cada vez mais agressiva dos raios ultravioletas, as pessoas devem se proteger quando expostas ao sol, que é a maior causa do câncer de pele. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de pele é o mais frequente e corresponde a 25% de todos os tumores malignos registrados no país. “Evitar o sol das 10h às 15h, ainda é a melhor opção, mas se for sair neste período não esqueça o protetor solar, chapéu e consuma líquidos, como água, água de coco e sucos, protegendo o corpo dos efeitos nocivos do calor e do sol. Mesmo em dias nublados é importante usar o protetor solar, pois os raios ultravioletas passam pelas nuvens e podem queimar a pele”, alerta.
É mais comum em pessoas com mais de 40 anos, de pele clara, sensíveis à ação dos raios solares ou com doenças cutâneas prévias. Entre os tumores de pele, o tipo não-melanoma é o de maior incidência e de mais baixa mortalidade e apresenta altos percentuais de cura, se for detectado precocemente. Os mais frequentes são carcinoma basocelular, menos agressivo e responsável por 70% dos diagnósticos, e o carcinoma epidermoide, representando 25% dos casos.