Especialista alerta sobre os valores da amamentação

Segundo a Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde, o aleitamento materno é a melhor fonte de nutrição para bebês e crianças pequenas até os dois anos de idade. Além disso, é uma das formas mais eficientes para a garantia da saúde até mesmo ao longo de toda a vida adulta. Conforme o Departamento de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria, o leite materno é fundamental para manter bebês longe da atuação de micro-organismos, contribui para o desenvolvimento da criança e, ainda, é um remédio natural.

De acordo com a pediatra e neonatologista Valquíria Cardoso Alves, a alma feminina traz consigo o desejo de ter filhos e poder amamentar o seu filho. “Ao engravidar, o desejo de amamentar se torna cada vez mais intenso. Paradoxalmente, os medos e tabus sobre a amamentação começam a assombrar esse desejo, transformando um ato natural em algo inatingível, inalcançável. Muitos são os depoimentos de mães que tiveram seus sonhos frustrados e não conseguiram amamentar seus filhos”, explica.

A especialista destaca ainda que o leite materno é um alimento vivo, completo e natural, adequado para quase todos os recém-nascidos, salvo raras exceções. “As vantagens do aleitamento materno são múltiplas e já bastante reconhecidas, quer em curto, quer em longo prazo, existindo um consenso mundial de que sua prática exclusiva é a melhor maneira de alimentar os bebês, exclusivamente, até os seis meses de vida”, reforça a pediatra.

Valquíria afirma que o aleitamento materno tem, ainda, outras vantagens para a mãe e para o bebê. “O leite materno previne infecções gastrintestinais, respiratórias e urinárias. Além disso, tem efeito protetor sobre as alergias, principalmente as relacionadas com as proteínas do leite de vaca. O leite da mãe também faz com que os bebês tenham melhor adaptação a outros alimentos. Em longo prazo, podemos nos referir também à importância do aleitamento materno na prevenção do diabetes e de linfomas. No que diz respeito às vantagens para a mãe, o aleitamento auxilia na redução do tamanho uterino, bem como previne diabetes, osteoporose, câncer de mama, de endométrio e de ovário, entre outras doenças”, completa a neonatologista.