O suor tem como principal função controlar a temperatura do corpo, mas, em alguns casos, a pessoa costuma suar mais que o necessário, o que pode atrapalhar as atividades do dia a dia
O suor tem como principal função controlar a temperatura do corpo, porém, em alguns casos, a pessoa costuma suar mais do que o necessário, o que pode atrapalhar as atividades do dia a dia e até mesmo causar constrangimento.
De acordo com o dermatologista Sandro Furiati, o que determina a diferença entre pessoas que suam muito ou pouco é a genética, entretanto podem existir fatores que influenciam na quantidade de suor. É o caso da obesidade, por exemplo, de algumas doenças metabólicas e situações de medo ou estresse. Mas a ideia de que homens suam mais do que as mulheres não é necessariamente verdadeira. “A capacidade de suar em pessoas normais e que não têm problema de excesso de sudorese varia de acordo com o metabolismo basal de cada uma. Ou seja, uma pessoa que tem um metabolismo mais acelerado produz mais calor, portanto ela tende a suar mais que outra com taxa metabólica inferior. Por isso, podem existir mulheres com taxa metabólica superior a de homens e vice-versa”, explica.
O que poucas pessoas sabem é que a alimentação pode influenciar no odor do suor. Segundo o especialista, alguns alimentos podem provocar mudanças tanto no aumento da produção do suor quanto no cheiro deste. “Alimentos que tendem a acelerar o metabolismo, como, por exemplo, aqueles à base de cafeína e as pimentas, podem elevar a quantidade de suor. Por outro lado, há alimentos ou medicamentos contendo componentes que, em algumas pessoas, são eliminados pelo suor, exalando um cheiro característico. É o caso, por exemplo, de alho, cebola, certos antibióticos, vitaminas e algumas toxinas exógenas ou mesmo as produzidas pelo corpo”, esclarece Furiati.
O dermatologista destaca que algumas doenças também podem ser reconhecidas pelo odor do suor de seus portadores. “Os hormônios, principalmente os sexuais, podem dar ao suor determinado odor. São os chamados “cheiro de mulher” ou “cheiro de homem”, decantados em prosas, versos e sambas. A não ser que esse cheiro causado por algum desses alimentos incomode quem tem o problema, não existe uma lista de alimentos proibidos”, informa.
Um mito que envolve o assunto é a influência dos tecidos de roupas no estímulo da produção do suor. Embora não haja relação direta, Sandro Furiati explica que existem tecidos que facilitam a ventilação ou a transpiração. Um exemplo é o Dry-Fit, muito usado nas roupas esportivas. “Se a pessoa que tem tendência a suar mais usar uma camisa de algodão, por exemplo, fatalmente poderá notar as manchas de suor no local da sudorese. Já em relação à depilação, para pessoas que têm problema crônico de mau cheiro do suor, manter a região depilada tem uma influencia benéfica, por diminuir a colonização de bactérias, que são responsáveis pelo mau cheiro”, completa o dermatologista.