O organismo exige mais energia quando o termômetro registra baixas temperaturas. Mas isso não é desculpa para abusar de chocolates e outros itens hipercalóricos
O organismo exige mais energia quando o termômetro registra baixas temperaturas. Mas isso não é desculpa para abusar de chocolates e outros itens hipercalóricos. Saiba como ir devagar com a comida e preservar a saúde. De acordo com a nutróloga Liliane Oppermann, o corpo humano é homeotérmico, ou seja, possui temperatura interna estável. Por meio do controle das taxas metabólicas, é possível equilibrar os níveis internos de temperatura de acordo com o ambiente externo. Em termos mais simples, esse controle impede que nosso corpo “congele” quando os dias estão mais frios, ou que “ferva” na época do verão.
“Nosso organismo é capaz de adaptar a própria temperatura ao clima, mas não é capaz de fazer isso sozinho, sem o apoio de elementos externos, que garantem a energia a ser trabalhada e aceleram o metabolismo para manter a temperatura interna por volta dos 37ºC. E a energia vem da comida. Com esse gasto extra, é possível consumir um pouco mais de calorias. Alguns estudos mostram que em temperaturas abaixo de 10º C, o metabolismo basal pode aumentar entre 10% a 15%. Isso significa cerca de 120 a 150 kcal a mais para as mulheres, e 200 a 250 kcal adicionais para os homens”, explica Liliane.
A nutróloga destaca ainda que uma xícara (200ml) de chocolate quente oferece em torno de 150 kcal, enquanto uma fatia de bolo simples (60g) contém cerca de
200 kcal. “Portanto, essa quantidade adicional de energia de que o corpo necessita para manter a temperatura interna não é muito significativa, e o que geralmente acontece é que escolhemos alimentos quentinhos, mais doces e gordurosos, e que fornecem muito mais calorias do que precisamos.
O resultado diss alguns quilinhos a mais na balança”.
Juntamente com os quilos, os excessos à mesa podem ser determinantes para o surgimento de doenças como hipertensão e obesidade. Contribuem também para o aumento dos níveis de colesterol e triglicéride que elevam os riscos de problemas cardiovasculares.