As baixas temperaturas do inverno costumam desencadear uma série de doenças, inclusive dermatológicas. Alergias, eczemas, psoríase e dermatite são as mais comuns
Fernanda Borges
Sandro Furiati destaca que bons cremes para a pele são acessíveis, preparando-se formulações especiais
Quando o inverno chega, a pele sente, mesmo que não tenhamos no Brasil um inverno tão rigoroso quanto o do hemisfério norte, a mudança de clima provoca alterações. A exposição às baixas temperaturas e a pouca umidade do ar são prejudiciais pele, especialmente porque o choque térmico faz com que percamos água.
Segundo o dermatologista Sandro Furiati, tanto no período de frio quanto de calor a proteção solar deve ser constante. “Sendo que nos dias frios é necessário cuidado redobrado porque nossa pele fica ainda mais suscetível e sensível durante o frio. Em tempos frios temos baixa umidade do ar e a pele costuma ficar mais ressecada. Então, é preciso mudar a tendência de tomar banho quente e passar bucha, porque faz mal para a pele. O ideal é que a temperatura da água chegue a variar em torno dos 35 graus, ou seja, “em temperatura morna”, revela. O especialista destaca que mais importante que a preocupação com a temperatura da água é o tempo de banho. “Ficar no banho meia hora vai tirar totalmente a proteção natural da pele. Isso é uma forma de agressão para a pele, que até se recuperar de um banho demorado pode causar problemas depois”, completa.
Sandro Furiati lembra que todo excesso é prejudicial também para a pele, o que é extremamente importante para aquelas pessoas, especialmente mulheres, que costumam exagerar no creme hidratante esperando que a grande quantidade do produto seja capaz de conceder uma proteção maior, o que não é verdade, segundo o dermatologista. “Tudo em excesso pode causar problemas, dependendo do tipo de creme utilizado pode ser até pior do que se a mulher não usasse nada. Ou seja, tem o creme certo para cada tipo de pele e isso tudo deve ser avaliado”, frisa.
O dermatologista afirma ainda que atualmente a compra de um bom creme para a hidratação da pele não está restrito ao poder aquisitivo da população. “Hoje, os cremes bons para a pele estão acessíveis para a classe A, B e C, sendo possível fazer formulações especiais para pessoas que precisam e nem é preciso comprar o creme de marca na farmácia, é possível mandar fazer de acordo com o que aquela pessoa precisa e ainda atender a todos os gostos. No aspecto de ter um creme mais cheiroso, há pessoas que não podem com a fragrância de um creme específico. A própria fragrância pode causar ou agravar na pessoa alguma dermatite. Para tratar e hidratar a pele a fragrância não tem relevância nenhuma”, completa Sandro Furiati.