Thassiana Macedo
Wilson Rondó revela que a soja induz alergias, compromete a tireoide e está ligada a alguns tipos de câncer
Soja é um grão rico em proteínas, cultivado como alimento tanto para humanos quanto para animais. A soja pertence à família das leguminosas, assim como o feijão, a lentilha e a ervilha. Recentemente, ela ganhou espaço especial nas receitas porque especialistas a descobriram como um alimento altamente saudável. Em razão disso, a soja passou a ser largamente empregada na alimentação, sobretudo na indústria de óleos comestíveis, mas também para substituir o leite e mesmo a carne. No entanto, há quem diga que, no aspecto nutricional, ela não é tão milagrosa quanto se pensa.
O vegetarianismo é uma corrente adepta da substituição da carne por alimentos à base de vegetais, como a soja, por exemplo. De acordo com o nutrólogo Wilson Rondó Júnior, a soja na verdade não é um alimento adequado. “Em primeiro lugar, porque a soja é altamente alergênica, ou seja, induz ao desenvolvimento de alergias. Em segundo, ela acaba promovendo a perda de determinados aminoácidos que são importantes para a saúde. Por fim, a soja é altamente indutora do comprometimento da tireóide, ou seja, ela é responsável pela inibição da tireoide, o que leva ao desenvolvimento do hipotireoidismo. Seu consumo também está ligado a alguns tipos de câncer”, alerta.
O especialista destaca que, atualmente, os únicos trabalhos que têm sido divulgados sobre a soja na comunidade científica são aqueles em que a leguminosa aparece como alimento protetor de alguns tipos de câncer, sendo que não é dispensado o mesmo espaço de divulgação naqueles em que ela se mostra como diretamente responsável por várias doenças. “A maior incidência de vegetarianismo ocorre entre mulheres por volta dos
28 anos. Elas resolvem ser vegetarianas e depois de sete anos são obrigadas a parar com esse tipo de dieta, porque isso está induzindo a problemas de saúde. Ou seja, param por indicação médica. Não acredito que o vegetarianismo seja uma solução para o emagrecimento”, explica o médico.
Rondó esclarece que se trata de uma questão de metabolismo. “Há indivíduos com um tipo de metabolismo que favorece a alimentação mais baseada em vegetais, enquanto outras necessitam de mais proteínas. Se uma pessoa pode comer mais vegetais, eventualmente, é alguém que com pouca proteína, não necessariamente a carne vermelha, conseguirá ficar bem. Porém, apenas uma pequena porcentagem de pessoas vai emagrecer e ter saúde com a dieta vegetariana, cerca de 30% da população. Neste caso, não vejo problema, mas isso não é o que acontece com a imensa maioria das pessoas, ou seja, 70%. Isso porque não conseguimos repor certas vitaminas, minerais e aminoácidos necessários com uma dieta de vegetais, especialmente a vitamina B 12.
O vegetariano é muito deficiente desse tipo de vitamina”, completa Rondó Júnior.