SAÚDE

Especialista revela que orelha de abano é de fácil correção

Cirurgia corretiva deve ser feita se a criança se mostrar incomodada com brincadeiras, já que estas podem...

Publicado em 08/02/2012 às 14:11Atualizado em 17/12/2022 às 08:16
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* Mauro Speranzini destaca que a cirurgia pode ser realizada a partir dos seis anos de idade, sem risco para a criança 

A orelha de abano atinge 5% da população e, embora seja uma característica genética, é um problema facilmente corrigido pelas novas técnicas da otoplastia. A maioria absoluta dos afetados pela aparência pode e deve procurar um especialista, pois o procedimento cirúrgico pode ser executado, inclusive, em crianças a partir dos seis anos de idade. Mesmo que nesta idade a orelha já tenha atingido o tamanho próximo ao de uma pessoa adulta. Especialistas afirmam que, quando a correção é realizada precocemente, é possível evitar os problemas de autoestima decorrentes das inúmeras brincadeiras e piadas, comuns nesses casos.

Segundo Mauro Speranzini, especialista em Otoplastia, a orelha é considerada “de abano” quando se projeta com exagero ou quando não tem curvas internas. Mas ele revela que o desejo pela correção é pessoal. “Deve ser operada quando causa desconforto à pessoa a ponto de ser camuflada ou causar incômodo com possíveis comentários de terceiros. Nos primeiros meses de vida, a modelagem da orelha por um médico especialista com curativos especiais pode corrigir parcialmente ou até totalmente o abano. Após essa fase, a cartilagem da orelha endurece e o tratamento deixa de ser eficaz, restando somente a intervenção cirúrgica como alternativa para a correção”, revela.

Speranzini destaca que a cirurgia pode ser realizada a partir dos seis anos de idade, sem risco para o desenvolvimento da criança. “Não há limite de idade para o procedimento cirúrgico, desde que o paciente tenha esse desejo e reúna as condições físicas necessárias para realizá-lo.

A otoplastia é mais frequente em pacientes entre 20 e 35 anos. Embora seja um problema estético da infância, a cirurgia é muitas vezes adiada para a fase adulta, por medo natural de submeter o filho a uma cirurgia, entre outros fatores”, frisa. O médico alerta que os pais devem apostar na cirurgia corretiva se a criança se mostrar incomodada com brincadeiras, já que estas podem gerar sofrimento e interferência na formação da personalidade.

A operação consiste no remodelamento de estruturas das orelhas para reduzir a distância entre elas e o crânio.

A duração da cirurgia varia de uma a quatro horas, de acordo com a complexidade do caso. “É realizada com anestesia local, com ou sem sedação, sem riscos de comprometer órgãos vitais, podendo ser realizada em hospital ou clínicas especializadas, sem necessidade de internação”, completa Speranzini.

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