Conforme a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, o tempo ideal para substituir as escovas não é de três em três meses
De acordo com a Academia Americana de Otorrinolaringologia, a alitose atinge um quarto da população mundial, mas não é mau hálito matinal, considerado um problema fisiológico, presente em 100% da população. O odor e o gosto desagradável e, muitas vezes, repugnante do ar expelido pelos pulmões podem ter diversas causas e variam com o período do dia e a idade da pessoa, agravando-se à proporção que a fome aumenta.
Segundo o odontólogo Luís Henrique Borges, são mais de 60 as causas do mau hálito. Entre as mais conhecidas estão o diabetes, que gera pouca salivação e boca seca, a presença de cáries nos dentes, doenças gengivais e a presença da placa bacteriana. “E é bom lembrar que a placa bacteriana é o início de uma inflamação gengival mais grave, que, se não cuidada pelo profissional de odontologia, pode evoluir até ao cálculo, não regredindo sem a intervenção mais agressiva de um cirurgião-dentista”, revela.
Borges destaca que a halitose geralmente é fruto de um descuido com a higiene bucal. “Se descuidarmos da higienização na manutenção dos dentes, da gengiva e língua, com certeza a pessoa desenvolverá o processo de halitose. E é recomendável procurar o profissional odontológico a cada 6 meses, para uma limpeza profunda da boca, mesmo que não tenha nenhum problema visível. Quem tem mau hálito sabe que ele causa dificuldades no relacionamento social e quem convive com uma pessoa com halitose geralmente não tem coragem de falar do problema, por isso é importante dar liberdade ao seu dentista de confiança para falar sobre o assunto. Pergunte a ele, mencione que sente um gosto estranho na boca e se este é causado por mau hálito”, afirma o especialista.
Estudo realizado pela Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) aponta que o brasileiro troca de escova de dentes em média a cada 18 meses. Esse comportamento é extremamente prejudicial à saúde. Conforme a pesquisa, o tempo ideal para substituir as escovas não é de três em três meses, mas a cada 45 dias. À medida que é usada, a escova vai se desgastando, acumulando bactérias e perdendo a sua função. Basta olhar se as cerdas estão alinhadas e se não sofreram alteração de posição, devido à pressão exercida durante a escovação. Alterações no alinhamento das cerdas e coloração escura são sinais de que já está na hora de fazer a troca.
Para obter o melhor da escova, é preciso tomar certos cuidados. “Sempre seque a escova após o uso, para evitar bactérias e fungos, que gostam de lugares úmidos. Não use protetores na escova, pois eles a abafam, o que proporciona a proliferação de bactérias. Lave as cerdas com água corrente após a escovação. Evite deixar a escova próxima ao vaso sanitário e o ideal é não usar muita força na hora de escovar os dentes, para evitar que as cerdas se desgastem prematuramente”, completa.