SAÚDE

Estudo avalia segurança no reprocessamento de cateteres

A reutilização de cateteres de angioplastia e outros dispositivos cirúrgicos tem sido adotada em serviços de hemodinâmica no mundo

Publicado em 07/12/2013 às 00:23Atualizado em 19/12/2022 às 09:54
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A reutilização de cateteres de angioplastia e outros dispositivos cirúrgicos, inicialmente projetados para uso único, tem sido adotada em serviços de hemodinâmica ao redor do mundo, como forma de diminuir custos hospitalares. Essa prática, porém, pode ser associada ao mau funcionamento dos dispositivos devido a alterações químicas ou físicas.

Pesquisa realizada na Universidade Federal do Triângulo Mineiro com a colaboração de docentes da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) demonstrou que técnicas de limpeza e esterilização comumente utilizadas no reprocessamento de cateteres não são recomendadas. “Investigamos a influência das técnicas de reprocessamento nas propriedades químicas e estruturas morfológicas de fios usados como guias em cateteres regulares. As técnicas utilizadas simulam a rotina de processamento de fios-guia em muitos serviços de hemodinâmica do Brasil e de outros países. Amostras de três diferentes fabricantes foram verificadas”, conta Rogério Valentim Gelamo.

Gelamo é professor do Departamento de Física Aplicada do Instituto de Ciências Tecnológicas e Exatas da UFTM (ICTE) e contou com aporte da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) para desenvolvimento do estudo.

Esterilização específica x lavagem mecânica. O resultado, disponível na edição v.28, n.3 da Revista Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, demonstra que uma esterilização única ou dupla dos cateteres com óxido de etileno não induz modificações significativas na estrutura dos materiais analisados. Contudo, o método de lavagem mecânica, que envolve vibração ultrassônica e detergentes enzimáticos, foi associado a intensas modificações morfológicas, incluindo o aparecimento de bolhas e buracos na superfície, bem como mudanças nas ligações químicas do revestimento polimérico dos fios-guia. “Neste trabalho só foram avaliados materiais sem uso. Materiais já utilizados em pacientes serão avaliados em nova etapa, em breve, visando a verificar quais micro-organismos podem resultar do processo de lavagem e esterilização”, ressalta Gelamo.

Além de Rogério Valentim Gelamo, assinam a pesquisa Eva Cláudia Venâncio de Sene, Luciana Paiva, Cristina da Cunha Hueb Barata de Oliveira, André Luiz Maltos e Daniel Ferreira da Cunha, todos da UFTM, Wido H. Schreiner, da UFPR e Mário Bica de Moraes, Alfredo R. Vaz e Stanislav A. Moshkalev, da Unicamp.

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