SAÚDE

Estudo visa aperfeiçoar diagnóstico de diabetes gestacional para o SUS

Antes de engravidar, a mulher deve parar de fumar, de beber; deve comer melhor, diminuir o consumo de sal e de doce que causam hipertensão e diabetes gestacional

Thassiana Macedo
Publicado em 29/07/2013 às 14:46Atualizado em 19/12/2022 às 11:48
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Dieta deve ser moderada em gordura e proteína, mas deve conter alimentos como frutas, hortaliças e carboidratos

O estudo “Investigação de novos fatores de risco e da qualidade de vida, relacionados ao diagnóstico de diabete ou hiperglicemia na gestação”, da Faculdade de Medicina da Unesp, Campus de Botucatu, foi selecionado pelo Programa de Pesquisa para o SUS de Gestão Compartilhada em Saúde (PPSUS). A autora é a professora Iracema de Mattos Paranhos Calderon, do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da FM. O objetivo é avaliar os critérios de diagnóstico da síndrome metabólica como fatores de risco para o desenvolvimento de diabete ou hiperglicemia gestacional leve.

O interesse na abordagem de diabete e gravidez, e a busca por novas ferramentas tecnológicas aplicáveis no SUS, vêm favorecendo parcerias científicas internas e entre instituições nacionais e internacionais. Isso resulta em incremento na captação de recursos para pesquisa, orientações, com supervisões de pós-doutorados e publicações de impacto, bem como melhor oferta de tratamentos à população.

Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que menos de 10% da população consome frutas e verduras do que o recomendado à uma alimentação saudável. Para a nutricionista Márcia Zaidan, hoje as crianças se encontram obesas e desnutridas ao mesmo tempo e isso contribui muito para que a criança tenha problemas de saúde que, até então, eram conhecidos apenas na vida adulta.

No entanto, a especialista alerta que a alimentação saudável para uma criança, deve começar desde a gravidez. “Se a mãe, durante a gravidez ou a amamentação, come uma coisa só a criança cresce com dificuldade para experimentar novos sabores. A mãe que mantém uma alimentação variada, com frutas e verduras, cada vez que ela for amamentar o leite estará com um sabor diferente, então a criança já começa a desenvolver o paladar e ao crescer não dará trabalho para comer”, frisa Márcia Zaidan.

Para isso, a nutricionista recomenda que antes de engravidar, a mulher que se propõe a ter um filho precisa ter responsabilidade. “Tem que parar de fumar, de beber, tem que comer melhor, diminuir o consumo de sal e o de doce, que causa muitos casos de diabetes gestacional”, esclarece. Em geral, a dieta deve ser moderada em gordura e proteína e fornecer níveis controlados de carboidrato com alimentos como frutas, hortaliças e carboidratos complexos (como pão, cereais, massa e arroz). Será necessário diminuir os alimentos que contêm muito açúcar como refrigerantes, sucos de fruta e doces.

A obesidade pode desenvolver transtornos alimentares na adolescência, como compulsão alimentar, bulimia e anorexia nervosa. Também pode causar alterações cardiovasculares, diabetes, problemas na pele e até alterar o crescimento e o desenvolvimento de fígado, coração, rins, entre outros. O problema, segundo dados do Ministério da Saúde, já atinge 10% das crianças brasileiras. Além disso, esses jovens podem desencadear doenças psicológicas, como a depressão, por causa de atitudes preconceituosas, principalmente por parte dos colegas de escola.

 

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