O estudo envolveu 80 mulheres na pós-menopausa com mais de cinquenta anos de idade, sendo que 40 delas tinham fraturado o punho ao cair. O grupo controle foi composto por 40 mulheres com outras condições unilaterais na extremidade superior, como a síndrome do túnel do carpo, tenossinovite (inflamação da bainha que envolve um tendão) ou epicondilite (inflamação no cotovelo).
Segundo o ortopedista Caio Gonçalves de Souza, o desempenho físico das participantes foi avaliado utilizando um escore específico, o Short Physical Performance Battery, além de testar a força de preensão e a quantidade de autoestima da participante durante o tempo diário de caminhada. “O escore Short Physical Performance Battery consiste de testes de equilíbrio, velocidade de caminhada e do exercício de se sentar na cadeira (medindo a velocidade empregada para se sentar o mais rápido possível)”, afirma.
Quanto aos resultados, não foram encontradas diferenças significativas na pontuação do Short Physical Performance Battery e da horas de caminhada diárias entre o grupo de pacientes e o grupo controle. O grupo de pacientes teve uma pontuação significativamente menor para os testes de força e aderência do que o grupo controle, o que significa que tinham menos força nos polegares e nas pernas. “Nenhuma diferença significativa foi encontrada em outros fatores potenciais de risco de queda entre os dois grupos”, ressalta o especialista.
Os autores defendem que, dada a frequência e os riscos à saúde, bem como os custos associados com as quedas dos idosos, estudos futuros devem determinar as causas dessas quedas e quais são os riscos modificáveis, ou seja, aquilo que pode ser feito para evitar novas fraturas.