SAÚDE

Exame clínico é melhor opção para diagnóstico correto da osteoartrite

Técnicas, tratamentos e terapias cada vez mais inovadoras e acessíveis têm tornado possível uma expectativa de vida...

Publicado em 05/09/2012 às 11:58Atualizado em 19/12/2022 às 17:33
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A ciência está avançando a passos largos quando o assunto é o prolongamento da vida humana. Técnicas, tratamentos e terapias cada vez mais inovadoras e acessíveis têm tornado possível uma expectativa de vida populacional maior. No entanto, sem os cuidados necessários com a saúde, o envelhecimento desregrado transformou- em fator de risco para o aumento de doenças relacionadas à idade, como a osteoartrite, anteriormente reconhecida como artrose. Após os 60 anos, cerca de 60% da população pode receber diagnóstico da doença, através de exames de imagem, como radiografias e ressonâncias, mas sem sinais e sintomas específicos, a pessoa pode não ter a doença.

Isto porque, segundo o coordenador do serviço de reumatologia da UFTM, Hamid Alexandre Cecin, o Colégio Americano de Reumatologia estabeleceu critérios para afastar falsos diagnósticos e, por consequência, tratamentos caros e desnecessários. O especialista enfatiza que a osteoartrite é uma doença degenerativa e inflamatória das articulações, que em cerca de 60% dos casos não apresenta dor ou outras características clínicas como sintomas.

“O primeiro critério é a presença de dor, que se acentua com os movimentos das juntas e da coluna, barulho detectável pelo médico na junta, chamado de crepitação, e inchaço com calor e rubor, em alguns casos. Se após exame de raio X, de ressonância, ou outros detectar-se artrose, isso não poderá ser uma sentença judicial. O profissional que não sabe interpretar o paciente clinicamente vai receitar medicamentos, que custam R$ 180 por mês. Se o indivíduo ganha salário mínimo, um terço deste irá para a compra de um remédio que não tem eficácia”, afirma.

Ao contrário do que se pensa, o reumatologista revela que a osteoartrite não é doença de velhos, sendo também muito frequente em jovens e pessoas mais sujeitas a traumas, como jogadores de futebol, portadores de malformações congênitas de membros, levantamento de pesos e posturas inadequadas, obesidade entre outros. Segundo Hamid Alexandre Cecin, em idosos, também podem estar comprometidos tendões, ligamentos, meniscos, discos e ossos relacionados às articulações. “No entanto, esse comprometimento também está silencioso, latente. Qualquer intervenção só deve ser feita se houver sintoma correspondente”.

O especialista alerta que o indivíduo que tem outro tipo de dor, como muscular, por exemplo, vai ser sempre rotulado como portador de artrose, quando, na realidade, ele não tem esse problema.

“Tomará remédios, ditos regeneradores de cartilagem, mas que não têm eficácia, pois está cientificamente comprovado que eles têm efeito meramente psicológico durante o primeiro mês. O indivíduo acredita que melhorou, mas a dor volta, porque na verdade ele não tem artrose, e sim outras causas da dor, que deve ser investigada”, completa.

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