SAÚDE

Excesso de carne frita aumenta o risco de câncer de próstata

A pesquisa foi realizada com base nos hábitos alimentares de cerca de 2 mil homens de várias idades, buscando saber o que pode ou não influenciar no surgimento da doença

Thassiana Macedo
Publicado em 07/11/2013 às 12:17Atualizado em 19/12/2022 às 10:20
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Para os homens que consomem muita carne frita, branca ou vermelha, o risco pode ser até 40% maior

O excesso de carne branca ou vermelha feita na frigideira pode provocar o desenvolvimento de câncer de próstata. É o que aponta um estudo norte-americano elaborado por pesquisadores da Universidade do Sul da Califórnia e do Instituto de Prevenção Californiano, divulgado esta semana pela revista Carcinogenesis. A pesquisa foi realizada com base nos hábitos alimentares de cerca de 2 mil homens de várias idades, buscando saber o que pode ou não influenciar no surgimento da doença em relação ao consumo de carne de aves e carne vermelha processada. A forma como eram preparadas essas carnes também foi avaliada: frita, grelhada ou cozida, por exemplo.

Quem comia mais de uma porção e meia de carne vermelha frita por semana tinha 30% mais chance de desenvolver câncer de próstata. Já quando essa quantidade subia para duas porções e meia, os números podiam chegar a até 40% de risco. Entre as carnes, o hambúrguer, por ser preparado em grelhas a altas temperaturas, se mostrou mais perigoso que as demais. Ao mesmo tempo, a carne branca também apareceu como a menos prejudicial.

De acordo com o urologista Carlos Márcio Nóbrega de Jesus, a pesquisa realizada nos Estados Unidos foi muito bem conduzida, mas não é a única. “Há outros estudos que também refletem que, em excesso, a carne vermelha pode levar à formação da neoplasia de próstata. Isso ocorre porque durante o cozimento, mas principalmente quando frita, a carne libera algumas substâncias que podem interagir com o DNA das células do homem o que pode transformar o crescimento normal em anormal levando ao desenvolvimento de neoplasias. Esses compostos eliminados durante a fritura da carne seriam as aminas heterocíclicas”, explica.

No entanto, Nóbrega afirma que não é preciso cortar por completo o consumo de carnes, basta tomar algumas medidas simples de prevenção para evitar a doença. “A pesquisa indica isso, mas ainda não é um estudo fechado que nos leve a banir totalmente esse tipo de alimento. De qualquer forma, sabemos por outros motivos que todas as carnes brancas ou vermelhas nas quais as pessoas utilizam a gordura como meio de fritura, não são recomendáveis à saúde. Esse hábito pode levar ao risco de arteriosclerose, infarto e derrame, por exemplo. Mais um motivo para não consumir a carne frita. Já o hambúrguer é o mais lesivo e prejudicial à saúde do que o bife frito, por isso deve ser evitado de forma geral”, alerta.

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