SAÚDE

Excesso de sal mata mais de 1,6 milhão de pessoas

Estudo do Departamento de Ciências Nutricionais da Universidade Tufts demonstra que o excesso de sal mata mais de 1,6 milhão de pessoas por ano em todo o mundo

Thassiana Macedo
Publicado em 21/08/2014 às 19:48Atualizado em 19/12/2022 às 06:20
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Estudo do Departamento de Ciências Nutricionais da Universidade Tufts demonstra que o excesso de sal mata mais de 1,6 milhão de pessoas por ano em todo o mundo. Isso significa que a população consome, em média, quase o dobro do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é não ultrapassar de 5 gramas. O brasileiro tem um dos piores índices, pois consome em média 12 gramas de sódio por dia.

Dados do Ministério da Saúde mostram que, no período de 2011 a 2012, foram reduzidas 1.295 toneladas de sódio em três tipos de alimentos: pão de forma, bisnaguinhas e macarrão instantâneo. Agora, um acordo voluntário entre o Ministério da Saúde e a indústria visa à redução do sódio em alimentos. Ou seja, evitar o consumo em excesso e não banir o sal.

Atualmente, apenas 15% da população brasileira acredita que faz uso abusivo de sal, ou seja, a população acha que consome uma quantidade de sal que não é prejudicial à saúde. O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), Edmundo Klotz, acredita que a meta de reduzir o consumo de sal a 5 gramas até 2022 será superada.

O nefrologista Francisco Habermann destaca como deve ser uma alimentação mais saudável que atenda às necessidades naturais do organismo. “A recomendação é seguir algumas regras, sendo a primeira delas não acrescentar sal à mesa. Em segundo, prefira os alimentos naturais. E em terceiro, evite acrescentar sal em todos os alimentos preparados para a refeição. Isso fará com que o consumo seja reduzido e o benefício é a redução das doenças crônicas na população. A regra mais importante para viver bem é comer a metade, andar o dobro e rir o triplo, não só em relação ao sal, mas em relação ao estresse e outras doenças que acometem o ser humano”, explica.

Para o especialista, a iniciativa visa a dar forças ao combate às doenças cardiovasculares. “Entre elas o infarto, os derrames cerebrais (AVC) e a insuficiência renal. A recomendação da Organização Mundial de Saúde para o consumo de sal na alimentação varia de 4 a 6 gramas por dia. O brasileiro, entretanto, consome de 10 a 15 gramas diariamente”, alerta.

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