O AVC, também conhecido como derrame cerebral, é a súbita interrupção do fornecimento de sangue a qualquer parte do cérebro
O acidente vascular cerebral isquêmico (AVC), também conhecido como derrame cerebral, é a súbita interrupção do fornecimento de sangue a qualquer parte do cérebro, resultado da formação de um coágulo na parte interna de uma artéria. O AVC também pode ser causado pelo rompimento de um vaso sanguíneo, causando hemorragia, o que ocorre na menor parte dos casos, em cerca de 20%.
Segundo o neurocirurgião Rodrigo Faleiro, normalmente a causa mais relacionada com a doença é a hipertensão, o que de certa forma também justifica a sua ocorrência mais frequentemente em pessoas acima de 75 anos de idade. Além disso, o médico alerta que, em função de hábitos deficientes, como tabagismo, obesidade e hipertensão, a ocorrência do derrame também tem predominância entre a população do sexo masculino. Por isso, atividade física regular e alimentação saudável podem evitar o desenvolvimento da maioria dos fatores de risco para o problema.
Faleiro ressalta que o AVC é um déficit neurológico súbito, que representa uma grave ameaça para a população, principalmente para os idosos. Isso porque a idade avançada e os problemas atrelados a ela são fatores de risco para a doença. Sua característica principal é causar à vítima uma perda súbita de função. “A pessoa pode perder de repente a força de um lado do corpo ou ter uma alteração na fala. Alguns podem ter alterações visuais e confusão mental. Outros possíveis sintomas incluem náuseas e sonolência, porém, muitos idosos podem não perceber que estão passando por um derrame. Uma forma de detectar um AVC é pedir para o paciente sorrir, se o sorriso estiver torto, é um importante sinal”, explica. Os sintomas de um AVC em mulheres são similares aos dos homens: dormência súbita ou fraqueza do braço, dificuldade em falar ou compreender o que dizem os outros, mas podem ser mais sutis.
Na ocorrência de um AVC, o neurocirurgião alerta que o atendimento deve ser imediato. O médico destaca que, assim como no infarto, cada minuto sem socorro médico reduz as chances de recuperação. “É fundamental diagnosticar o mais rápido possível que tipo de AVC o paciente teve, para se determinar o tratamento necessário. O ideal é que o atendimento seja feito em até 3 horas após os primeiros sintomas do evento. É importante também não oferecer nenhuma medicação para a vítima, como remédio para pressão ou diabetes. As formas de prevenção do AVC são as mesmas das doenças cardiovasculares”, completa o especialista.