SAÚDE

Expansão de novo tipo de dengue pode explicar aumento de mortes

Segundo dados do Ministério da Saúde, somente em 2013 houve 573 mortes por dengue no país, sendo a maioria no Sudeste. Isso representa aumento de 96% em comparação a 2012

Thassiana Macedo
Publicado em 06/12/2013 às 11:04Atualizado em 19/12/2022 às 09:55
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Os principais depósitos de água parada em Uberaba são calhas sujas e caixas d’água abertas

Segundo dados do Ministério da Saúde, somente no ano de 2013 houve 573 mortes por dengue no país, sendo a maioria na região Sudeste. Isso representa o aumento de 96% em comparação ao ano passado, quando foram registrados 292 óbitos. Ainda conforme o levantamento, os casos graves da doença também passaram de 3.957, em 2012, para 6.566, este ano, ou seja, houve crescimento de 65%. Em Uberaba, no ano de 2012, foram notificados 4.441 casos suspeitos de dengue, contra 14.564 registros suspeitos da doença este ano. Quanto à evolução dos quadros mais graves, em 2012 apenas três chegaram a óbito, número que subiu para 20 este ano.

A pasta vai destinar mais de R$ 363 milhões a estados e municípios para investimento em medidas de combate, visando a vigilância, a prevenção e o controle da dengue. “Todas as vezes que nós analisamos esse tipo de número, em que pese o aspecto grave que qualquer morte por dengue já aponta, temos que entender as várias razões que podem justificá-lo. Uma delas é a introdução de um novo tipo de vírus, o tipo 4, pois sabemos que pessoas que tiveram um tipo de dengue e são infectadas por outro tendem a desenvolver casos graves. Então, a entrada e a disseminação rápida desse vírus pode explicar o aumento de casos graves e mortes”, afirma o infectologista Carlos Magno Fortaleza.

O especialista avalia ainda que a falta de uma imunidade populacional para o vírus tipo 4 aumentou de maneira mais explosiva o número de casos em relação a anos anteriores. “Mas acima de tudo, esses números são um alerta para a necessidade de capacitar profissionais de saúde para identificar mais precocemente casos graves de dengue e agir de maneira oportuna. Além disso, serve de alerta à população para que cuide no sentido de evitar os criatórios do mosquito em casa”, frisa.

O infectologista ressalta que a maneira de reduzir esses números é se preocupando em reforçar as ações de prevenção e tratamento precoce. “Temos que continuar tentando reduzir a proliferação do mosquito para diminuir a transmissão da dengue, mas ao mesmo tempo temos de olhar com cuidado a organização da assistência à saúde, porque os casos potencialmente graves podem ser adequadamente abordados, com prevenção de morte, se houver atendimento correto”, completa.

De acordo com o último levantamento do LIRAa, os principais depósitos de água parada em Uberaba são calhas sujas e caixas d’água abertas, mas é importante não deixar água acumulada em vasos e pratinhos de plantas, reservatórios para água e alimentação dos animais, bem como o lixo no quintal e em terrenos abandonados.

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