Os pais que dizem não ter tempo para vacinar os filhos e que não aproveitaram o período de férias não vão poder escapar da obrigação. Doenças como hepatite B, febre amarela, tétano e meningite estão na lista das principais imunizações, especialmente para as crianças que vão para a escola ou para a creche pela primeira vez. Para que o procedimento seja feito com segurança, é fundamental levar o cartão de vacinas. Nele, deve constar o registro de todas as doses que já foram tomadas pela criança ou pelo adolescente.
Segundo o pediatra e especialista em imunização infantil, Cláudio Araújo Faria, qualquer época é ideal para atualizar o cartão de vacinas. Aliás, ele deve ser atualizado constantemente. “A cada consulta da criança com pediatra, o médico deve orientar os pais ou responsáveis sobre quais vacinas a criança deve receber. O cartão de vacinas deve ser atualizado que se baseia nas recomendações do Ministério da Saúde e das Sociedades Brasileiras de Imunização e de Pediatria”, frisa.
Cláudio Araújo afirma que a principal recomendação que os pais não devem esquecer é a de sempre levar o cartão de vacinas durante as consultas com o pediatra, pois este é um documento imprescindível. “As primeiras vacinas a serem tomadas são a BCG e a Hepatite B, logo ao nascer, dentro da própria maternidade, quando disponíveis, ou então logo após a alta do recém-nascido. Depois, com 2 meses, e assim por diante, seguindo os calendários oficiais. Importante também é que todas as vacinas sejam tomadas nas datas recomendadas e não com atraso, pois assim a criança estará sempre protegida das doenças”, alerta o médico.
O pediatra destaca que é importante evitar os mitos e falsas contraindicações que envolvem a vacinação. Por isso, na dúvida, deve-se ou não vacinar em determinadas situações, o médico indica que o melhor é consultar o pediatra da criança. “Um mito frequente é que a ‘vacina da gripe causa gripe’, o que não é verdade, pois ela é constituída de vírus inativado, ou seja, vírus mortos. Portanto, sem a capacidade de causar a doença. O que às vezes acontece é que a pessoa já está com algum vírus incubado em seu organismo, como, por exemplo, o do resfriado comum, e após receber a vacina, ela desenvolve o resfriado comum, erroneamente interpretado ou confundido como gripe”, explica Cláudio Araújo.